Segundo a agência, o Ministério Público ucraniano indicou que está a investigar 27 casos relacionados com as alegadas execuções, que poderão conduzir a processos criminais contra os principais suspeitos.
O chefe do Departamento de Combate aos Crimes Cometidos em Condições de Conflito Armado da Procuradoria-Geral, Yurii Belousov, apelou a que estas pessoas "sejam recordadas" e pediu que se evite "anunciar prematuramente os nomes dos falecidos".
"Estamos a tentar descobrir quem é o comandante [russo] responsável por tais ações. Não se trata apenas dos comandantes das unidades, mas também das mais altas chefias militares e políticas [da Rússia]. Porque não se trata de um caso isolado, mas sim de um teste à política russa", afirmou.
Belousov recordou que, desde março de 2022, se registaram casos de execuções de prisioneiros de guerra ucranianos e explicou que o primeiro militar russo já foi condenado por este motivo na província de Chernigov, no norte do país.
"O trabalho continua. A Ucrânia tem uma experiência única na documentação de crimes sem sequer ter acesso ao território. Trabalhamos com o Tribunal Penal Internacional, a Missão de Vigilância da ONU, agências de informação e organizações não-governamentais que também recolhem informações. A nossa tarefa agora é documentar, registar e contar a verdade ao mundo", sublinhou.
Na terça-feira, as autoridades ucranianas confirmaram um ataque com 'drones' (aeronaves não tripuladas) a uma academia da força aérea na província de Voronezh, no sudoeste da Rússia.
Os serviços secretos ucranianos reivindicaram a responsabilidade pelo ataque, enquanto vários meios de comunicação social apontam para danos consideráveis nas instalações da academia em Borisoglebsk. No entanto, a Rússia considera que os danos são superficiais.
O governador de Voronezh, Alexander Gusev, confirmou o ataque, mas disse que vários 'drones' tinham sido intercetados e abatidos pelos sistemas de defesa aérea russos. Até à data, não foram noticiados feridos ou vítimas mortais.
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