O porta-voz militar huthi, Yahya Sarea, disse num discurso transmitido pela televisão que as forças navais rebeldes levaram a cabo durante a manhã de hoje quatro operações contra "dois navios israelitas", um navio "norte-americano" e um navio de guerra também dos EUA.
Os barcos que, segundo disse, foram alvo de ataque são o MSC Gina, com bandeira do Panamá, o Maersk Yorktown, com bandeira dos Estados Unidos e o MSC Darwin, com bandeira da Libéria.
Sarea adiantou que foram usados "vários mísseis navais e drones" nos ataques.
Apesar deste anúncio, a Marinha britânica, que fornece informações ao minuto sobre todos os incidentes nesta região (o golfo de Aden é a porta de entrada no mar Vermelho) não reportou nenhum alerta durante o dia de hoje.
Até ao momento, os Estados Unidos, que lideram a coligação naval internacional no mar Vermelho, também não reagiram a esta informação.
"As forças armadas iemenitas (Hutis) estão comprometidas com o seu dever religioso, moral e humanitário para com a opressão do povo palestiniano, assim como na defesa do seu amado Iémen. As suas operações no mar Vermelho, no mar da Arábia e no oceano Índico vão continuar até que se ponha fim à agressão contra o povo de Gaza e o cerco seja levantado", afirmou o porta-voz dos Hutis.
Os Hutis começaram em outubro a atacar navios que consideram ligados a Israel, alegando estar a tentar apoiar os palestinianos na Faixa de Gaza, alvo de uma ofensiva militar israelita em retaliação contra um ataque do movimento islamita Hamas.
Em retaliação, as forças dos EUA, em colaboração com o Reino Unido, iniciaram ataques contra os Hutis, em diferentes regiões do Iémen controlado por este movimento, algo que levou os rebeldes a estenderam as suas ações a navios destes dois países.
Por causa destes ataques, muitas companhias de navegação começaram a desviar-se da rota do mar Vermelho, passando a usar a do Cabo da Boa Esperança, o que tem impacto nos prazos e custos do comércio internacional.
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