Putin discute inundações com governadores das regiões do sul dos Urais

O Presidente russo, Vladimir Putin, analisou hoje com os governadores a situação nas três regiões mais afetadas pelas inundações no sul dos Urais para atenuar as consequências do desastre natural.

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© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
11/04/2024 17:41 ‧ 11/04/2024 por Lusa

Mundo

Vladimir Putin

"Nalguns locais, a água ainda não baixou e noutros está a recuar, mas a partir de agora temos de pensar em restaurar as habitações", disse Putin na reunião via videoconferência com os líderes das regiões de Orenburg, Tyumen e Kurgan, que fazem fronteira com o Cazaquistão.

Só em Orenburg, segundo estimativas preliminares das autoridades, as inundações causaram prejuízos estimados em 40 mil milhões de rublos (cerca de 500 milhões de dólares -- 466 milhões de euros).

O governador de Tyumen, Alexandr Moor, avisou durante a reunião com o chefe do Kremlin que a situação na região poderia piorar se os rios Tobol e Ishim continuarem a subir.

"Os diques que protegem as grandes cidades podem romper-se", alertou, acrescentando que estão a ser tomadas medidas para evitar esse cenário.

Mais de 50 aldeias da região poderão ser inundadas se as fortificações não conseguirem reter a água.

O Ministério da Defesa russo enviou hoje mais de 90 toneladas de ajuda humanitária para a região de Orenburg, a mais afetada pelas inundações da última semana.

Até ao momento, mais de 2.500 casas foram inundadas na capital regional, obrigando à evacuação de 1.300 pessoas, embora o governo local tenha afirmado que os residentes das casas de campo e das zonas de repouso serão evacuados ao longo do dia de hoje.

No total, nesta região da estepe russa, a água atingiu mais de 12.800 casas e inundou quase 15.000 terrenos agrícolas.

Segunda-feira, centenas de pessoas afetadas pela catástrofe organizaram um protesto em Orenburg contra a inação oficial na sequência das piores inundações das últimas décadas.

Entretanto, o Comité de Investigação da Rússia abriu dois processos criminais por violação das regras de segurança e negligência na sequência de uma catástrofe que já afetou dezenas de milhares de pessoas.

Quarta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse aos jornalistas em Moscovo que a situação "é tensa e grave" e que as previsões eram "desfavoráveis", uma vez que se estima que o nível da água continue a subir.

As inundações afetam zonas da Rússia e do Cazaquistão e ainda não atingiram o pico, segundo os especialistas.

A água continuou a subir na terça-feira nas zonas atingidas pelas cheias, nomeadamente ao longo do rio Ural, onde se atingiu um novo pico no dia seguinte.

O rio Ural, com mais de 2.400 quilómetros de comprimento, corre da secção sul dos Montes Urais para a extremidade norte do Mar Cáspio, através da Rússia e do Cazaquistão.

No Cazaquistão, segundo indicou quarta-feira o Ministério das Situações de Emergência local, "foram socorridas 96.472 pessoas" desde o início das cheias, que afetaram sobretudo as regiões no oeste e norte do enorme país da Ásia Central.

Leia Também: Moscovo reconhece gravidade das cheias na Rússia e Cazaquistão

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