"Há uma necessidade de obter melhor equipamento especializado e alargar as capacidades de investigação e competências para combater as atividades de grupos criminosos organizados complexos", refere-se na estratégia nacional de combate ao crime organizado, um documento produzido pelo que Governo e pelos Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) a que a Lusa teve hoje acesso.
No documento, a executivo moçambicano admite ainda a existência de desafios de coordenação entre as instituições, acrescentando que falta uma "estratégia unificadora".
"Nos últimos anos, os crimes que têm sido cometidos vão desde a vida selvagem (incluindo a pesca e a extração mineira ilegais) e os crimes florestais até ao tráfico de drogas, pessoas, armas de fogo e produtos de contrafação", refere-se no documento, destacando-se também o aumento de crimes cibernéticos.
Para o executivo moçambicano, a eficácia no combate contra o crime organizado depende de uma abordagem de "toda a sociedade", bem como uma "vontade política continuada".
"Na sequência da adoção formal da estratégia, adotar-se-á um quadro comum de avaliação e monitoria e será solicitado às instituições que fazem parte do comité técnico interinstitucional que formule os seus próprios planos", acrescenta-se no documento.
A UNODC é uma agência das Nações Unidas especializada nos assuntos de justiça criminal, droga e crime, estando a colaborar com o Governo de Moçambique ao abrigo de um acordo quadro para as áreas da criminalidade organizada transnacional.
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