Binyamin Achimair, de 14 anos de idade, tinha sido dado como desaparecido na sexta-feira, junto ao colonato ilegal judaico Malachei Shalom, a nordeste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, segundo a comunicação social israelita.
O seu desaparecimento gerou uma onda de ataques de colonos israelitas contra vilas e aldeias palestinianas na sexta-feira e hoje.
Na sexta-feira, os ataques de colonos armados causaram um morto e 25 feridos na vila de Al-Mughayyir, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.
Doze casas e vários carros foram queimados nos ataques levados a cabo por colonos hoje na Cisjordânia, registando-se um ferido grave, acrescentou o Ministério da Saúde palestiniano.
Segundo o canal de televisão israelita Channel 13, o corpo foi encontrado através de um 'drone', referindo que não havia sinais de ter sido alvejado.
Depois de o Exército ter afirmado que o jovem tinha sido vítima de "um ataque terrorista", o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, veio condenar aquilo que considera ser um "crime hediondo".
"Nós iremos apanhar os assassinos e os seus cúmplices, como fazemos a qualquer pessoa que ataca os cidadãos do Estado de Israel", afirmou, num comunicado lançado pelo seu gabinete.
O primeiro-ministro israelita apelou ainda a "todos os cidadãos para que permitam que as forças de segurança façam o seu trabalho sem obstáculos", sem fazer qualquer referência ou condenação aos ataques de colonos armados que aconteceram nas últimas 24 horas.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, após a descoberta do corpo, também lançou um apelo aos cidadãos contra qualquer "ato de vingança", que dificultará "a missão dos soldados", referiu o governante, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
As tensões na Cisjordânia têm escalado desde o ataque do Hamas a 07 de outubro e a subsequente guerra de Israel na Faixa de Gaza, cuja ofensiva já provocou a morte a mais de 33 mil palestinianos, mais de dois terços mulheres e crianças.
Também na Cisjordânia, já morreram mais de 460 palestinianos desde 07 de outubro, a maioria em resultado de confrontos com o Exército israelita, mas alguns provocados por colonos armados.
Mais de 700 mil israelitas vivem ilegalmente na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.
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