"Defendemos que todas as diferenças sejam resolvidas exclusivamente por meios políticos e diplomáticos", disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.
Peskov sublinhou que o Kremlin, aliado próximo do Irão, está "extremamente preocupado" com a recente escalada de tensão no Médio Oriente.
"Apelamos a todos os países da região para que demonstrem moderação. Uma nova escalada não responde aos seus interesses", garantiu.
Desde fevereiro de 2022, a Rússia bombardeia a Ucrânia com 'drones' iranianos Shahed, os mesmos que Teerão utilizou para atingir o território israelita.
O ataque do Irão a Israel no qual, segundo Telavive, foram utilizados mais de 300 'drones', mísseis balísticos e de cruzeiro, aconteceu duas semanas depois de um atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no qual foram mortos vários membros da Guarda Revolucionária Iraniana, pelo qual Teerão culpa Israel.
A Rússia lamentou no domingo que o Conselho de Segurança da ONU não tenha conseguido "reagir adequadamente ao ataque à missão consular iraniana" devido à posição do Ocidente.
Segundo o Irão, "o ataque [contra Israel] foi realizado no âmbito do seu direito à autodefesa nos termos do artigo 51.º da Carta das Nações Unidas, em resposta aos ataques contra alvos iranianos na região, incluindo o ataque ao edifício consular da embaixada do Irão em Damasco em 01 de abril".
Um ataque "que o nosso país condenou veementemente", sublinhou Moscovo.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 200 'drones', mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o exército israelita.
O ataque aumentou as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.
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