"As pessoas mortas em Damasco eram membros da Força Quds [braço de operações especiais estrangeiras da Guarda Revolucionária]. São pessoas envolvidas no terrorismo contra o Estado de Israel", disse Daniel Hagari em conferência de imprensa.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones', mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco, ocorrida em 01 de abril, na qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais, e seis cidadãos sírios.
"Entre esses agentes terroristas estavam membros do [grupo xiita libanês] Hezbollah e assessores iranianos. Não houve um único diplomata que eu conheça. Não tenho conhecimento de nenhum civil que tenha sido morto neste ataque", prosseguiu Hagari.
Teerão e Damasco culparam Israel pelo ataque, que nunca confirmou a sua responsabilidade.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando para a máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre as forças de Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Durante os ataques iranianos no fim de semana, Israel, juntamente com os Estados Unidos, mas também a França, o Reino Unido e a Jordânia em particular, opôs uma barragem de defesa aérea que permitiu intercetar 99% dos projéteis, segundo as Forças de Defesa de Telavive, que apenas admitiram danos leves na base militar de Nevatim, no sul do país.
Em visita a esta unidade, o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, prometeu hoje uma resposta ao ataque iraniano.
[Notícia atualizada às 21h07]
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