"Caças atacaram edifícios militares da organização terrorista Hezbollah nas zonas de Merkaba e Majdal Yun, no sul do Líbano", afirmou o Exército israelita num comunicado.
Além disso, Israel deu também conta da utilização de fogo de artilharia para "eliminar uma ameaça" nas áreas de Yebel Balt e Al-Hamra, enquanto contabilizou cinco projéteis lançados de território libanês que caíram em descampados, sem causar vítimas.
Os mais recentes bombardeamentos israelitas surgem após o Exército ter hoje anunciado que quatro dos seus soldados foram feridos em território libanês, depois de o movimento xiita libanês Hezbollah ter indicado que havia detonado "engenhos explosivos" quando os soldados atravessavam a fronteira.
Foi a primeira vez que o pró-iraniano Hezbollah, que diariamente participa em trocas de fogo com Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há mais de seis meses, anunciou uma operação deste tipo.
Desde que começou a guerra em Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, a 07 de outubro do ano passado, têm-se registado trocas de tiros diárias entre o Exército israelita e o Hezbollah, que afirma apoiar o seu aliado palestiniano, desde 2007 no poder em Gaza.
O ataque do Hezbollah surge na sequência de um pico de tensão no fim de semana, quando o Irão lançou, na noite de sábado para domingo, um ataque sem precedentes contra Israel, utilizando 'drones' (aeronaves não-tripuladas) e mísseis, em retaliação a um ataque a instalações diplomáticas iranianas em Damasco, Síria, atribuído a Telavive.
Ao mesmo tempo, o Hezbollah anunciou ter disparado duas salvas de 'rockets' Katyusha contra alvos militares israelitas nos Montes Golã sírios ocupados por Israel e o Exército israelita, por sua vez, efetuou vários ataques a território libanês.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, as trocas de fogo de artilharia entre Israel e o Hezbollah fizeram 364 mortos do lado libanês -- na maioria, combatentes do Hezbollah, mas também cerca de 70 civis -, ao passo que no norte de Israel, dez soldados e oito civis foram mortos, segundo o Exército.
Dezenas de milhares de habitantes viram-se obrigados a fugir da zona, de ambos os lados da fronteira.
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