Entre sexta-feira e domingo, pelo menos quatro palestinianos foram mortos e mais de 60 ficaram feridos em ataques de colonos israelitas na Cisjordânia.
Já hoje, dois palestinianos morreram depois de terem sido atingidos por tiros disparados por colonos israelitas que atacaram a cidade de Jirbet al Tauil, a sul de Nablus, segundo o Crescente Vermelho Palestiniano.
Os países árabes denunciaram que estes ataques "são frequentemente perpetrados sob a aprovação e proteção tácita das autoridades israelitas", lamentando impunidade com que são cometidos.
"É preciso prestar atenção às atrocidades diárias cometidas pelas forças de ocupação em Gaza, mas estas não devem ofuscar a violência crescente na Cisjordânia", realçou o porta-voz da Liga Árabe, Gamal Roshdy, em comunicado citado pela agência Europa Press.
Roshdy denunciou, em concreto, um "aumento notável" de crimes violentos, incêndios criminosos e destruição de propriedade por parte de "colonos armados".
O porta-voz da Liga Árabe destacou também as sanções impostas por alguns países aos colonos violentos, embora tenha sublinhado que estas são medidas tardias e não servem para defender os civis palestinianos na Cisjordânia.
A Liga Árabe apelou também ao Conselho de Segurança da ONU para que termine este "ciclo vergonhoso" de violência e "acabe com a impunidade" na Cisjordânia.
O jornal palestiniano 'Al Quds' noticiou que colonos protegidos pelos militares israelitas atacaram hoje residentes locais que se encontravam nas suas terras e dispararam contra eles com armas de fogo, o que provocou a morte dos dois jovens.
Um porta-voz das Forças Armadas israelitas explicou à Rádio do Exército que os palestinianos foram provavelmente mortos pela ação dos colonos.
A guerra na Faixa de Gaza foi iniciada em 07 de outubro com um ataque terrorista sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, onde matou quase 1.200 pessoas e levou outras 240 como reféns.
Desde então, Israel encetou uma retaliação em grande escala no enclave controlado pelo Hamas, provocando a morte de mais de 33 mil pessoas, na maioria civis, e mergulhando o território numa grave crise humanitária, além de ter aumentado a tensão militar em toda a Palestina e na região do Médio Oriente.
Também na Cisjordânia, já morreram mais de 460 palestinianos desde 7 de outubro, a maioria em resultado de confrontos com o Exército israelita, mas alguns provocados por colonos armados.
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