A viúva de Alexei Navalny reuniu-se esta segunda-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, mostrando-se satisfeita com o resultado do encontro. Yulia Navalnaya considerou que o debate entre os dois "foi extremamente produtivo".
A atual líder da oposição no exílio expressou a sua "gratidão" a Cameron por recebê-la.
"É reconfortante ver que as autoridades britânicas reconhecem que Putin não é a Rússia. A verdadeira Rússia opõe-se à guerra e defende uma mudança de liderança", escreveu Navalnaya numa publicação na rede social X (antigo Twitter), na qual juntou uma fotografia junto do ministro britânico.
Após a morte do marido, Yulia mantém-se firme na luta pelo seu legado e garante que vai continuar a opor-se ao regime de Moscovo, liderado por Vladimir Putin.
"Juntamente com todos os russos, independentemente do local onde se encontrem, continuaremos a opor-nos a este regime ditatorial e criminoso", declarou ainda.
I want to express my gratitude to the Foreign Secretary of the United Kingdom, @David_Cameron, for taking the time to meet with me and my team. Our discussion was extremely productive. It's reassuring to see that the British authorities recognize that Putin is not Russia. The… pic.twitter.com/epPaOhq4eN
— Yulia Navalnaya (@yulia_navalnaya) April 15, 2024
Crítico declarado do regime do presidente russo e carismático defensor da luta contra a corrupção, Navalny morreu aos 47 anos em circunstâncias ainda pouco claras.
Os serviços prisionais disseram que sofreu um colapso súbito após uma caminhada na colónia penal do Ártico onde cumpria uma pena de 19 anos por extremismo e a certidão de óbito menciona causa natural.
A morte de Navalny provocou uma grande onda de emoção na Rússia e no Ocidente. Os seus associados, a viúva e muitos líderes ocidentais acusam Putin de ser o responsável pela sua morte, mas o Kremlin considerou essas declarações como "afirmações odiosas".
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