Alemanha não aceitará atos de espionagem após detenção de espiões russos

O chanceler alemão, Olaf Scholz, garantiu hoje que a Alemanha não aceitará atos de espionagem no seu território, depois de a polícia alemã ter detido dois espiões russos, suspeitos de tentar sabotar a ajuda militar à Ucrânia.

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© Kay Nietfeld/picture alliance via Getty Images

Lusa
18/04/2024 19:49 ‧ 18/04/2024 por Lusa

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Scholz

"Nunca poderemos aceitar que existam atividades de espionagem na Alemanha. É por isso que temos os nossos próprios mecanismos de defesa para detetá-las, como sempre aconteceu com sucesso. Isto deve ter uma elevada prioridade em tudo o que fazemos", disse Scholz, durante uma conferência de imprensa no final de uma cimeira de líderes europeus em Bruxelas.

Segundo a Procuradoria-Geral alemã, os dois homens são suspeitos de preparar atos de sabotagem com explosivos, ao serviço do regime do Presidente russo, Vladimir Putin.

Também hoje, a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, convocou o embaixador russo em Berlim para pedir explicações sobre este caso.

Identificados como Dieter S. e Alexander J., os dois homens, que têm dupla nacionalidade alemã e russa, são acusados de terem realizado prospeções de potenciais alvos para ataques, incluindo a "instalações das forças armadas norte-americanas" estacionadas em solo alemão, com o objetivo de apoiar o esforço de guerra russo contra a Ucrânia.

Os suspeitos foram detidos em Bayreuth, cidade da Baviera, no sudeste do país, informaram os serviços de combate ao terrorismo da Alemanha, num comunicado.

O principal arguido, Dieter S., trocava informações com uma pessoa ligada aos serviços de informações russos desde outubro de 2023 tendo em vista possíveis atos de sabotagem em território alemão.

Dieter S. tinha sido contratado para "cometer ataques explosivos e ataques incendiários, principalmente contra infraestruturas militares e instalações industriais na Alemanha", de acordo com o comunicado das autoridades alemãs.

Alexander J. juntou-se a Dieter S. no final de março de 2024, segundo os investigadores.

Leia Também: Investigações em França e na Suíça contra agência acusada de espionagem

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