Duas pessoas que tinham sido selecionadas para fazerem parte do júri no julgamento do ex-presidente dos EUA Donald Trump foram, esta quinta-feira, dispensadas. Ainda assim, a escolha dos jurados ficou fechada.
De acordo com a CBS News, a jurada número dois referiu em tribunal que estava "preocupada", depois de amigos e familiares lhe perguntarem se pertencia ao júri após dados sobre a sua identidade serem divulgados. "Nesta altura, acho que não consigo ser justa e imparcial", justificou.
Por sua vez, o jurado número quatro levantou dúvidas depois de se perceber que tinha o mesmo nome de uma pessoa detida por um possível envolvimento numa investigação de corrupção na década de 1990. O homem chegou atrasado ao tribunal e foi interrogado por advogados, na presença de um juiz. Acabou, também, por ser dispensado.
A imprensa foi repreendida pelo juiz Juan Merchan pela divulgação de informação sobre os jurados. O magistrado ordenou que as informações sobre potenciais jurados fossem retirados dos autos do tribunal e instruiu os jornalistas a não falarem sobre a aparência física dos jurados.
Na noite desta quinta-feira, a BBC adiantou que todos os 12 jurados já estão escolhidos. O juiz Juan Merchan vai agora começar a escolher pelo menos seis jurados suplentes.
A acusação a Trump centra-se em pagamentos de 130 mil dólares que a empresa do ex-presidente fez ao então seu advogado pessoal, Michael Cohen. Este entregou esta soma, em nome de Trump, à estrela de filmes pornográficos Stormy Daniels, para comprar o seu silêncio, um mês da eleição presidencial em 2016, dadas as suas alegações de que teria tido um encontro sexual com o multimilionário.
Além de Nova Iorque, Trump é ainda acusado criminalmente em Washington e na Georgia pelos seus esforços para reverter a sua derrota eleitoral em 2020, assim como na Florida, por reter ilegalmente documentos confidenciais após deixar o cargo em 2021.
As datas do julgamento dos outros três casos criminais ainda permanecem indefinidas.
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