No início de 2024, foram levados a tribunal, além da irmã do Presidente deposto Ali Bongo, a empresa de engenharia francesa Egis e três dos seus antigos executivos, bem como o empresário gabonês Franck Ping e a advogada Danyèle Palazo-Gauthier. Todos foram absolvidos.
Pascaline Bongo, que se declarou inocente, era suspeita de ter aceitado intervir em nome da Egis Route na adjudicação de contratos públicos, em troca da promessa de oito milhões de euros de subornos.
O tribunal decidiu que, na sua qualidade de alta representante pessoal do Presidente da República na altura, "não tinha poderes para adjudicar o contrato" em questão e que, "no máximo, as suas funções e a sua proximidade fraterna, real ou suposta, com o Presidente da República poderiam ter-lhe permitido usar a sua influência".
No entanto, "não há nada no processo que demonstre que foi esse o caso e, acima de tudo, o crime de tráfico de influência de um funcionário público estrangeiro não existia na altura dos acontecimentos", explicou a presidente no seu acórdão.
"É tranquilizador o facto de o tribunal ter feito uma avaliação justa da situação e ter ultrapassado as razões de conveniência que levaram o Ministério Público a remetê-la para o tribunal. Trata-se de uma vitória do direito", elogiou a advogada de Pascaline Bongo, Corinne Dreyfus-Schmidt.
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