"Discutimos as medidas conjuntas que podemos tomar contra a organização terrorista PKK e os seus afiliados, que atacam a Turquia a partir do território iraquiano", afirmou Erdogan em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, segundo a agência oficial de notícias turca, Anatolia.
O líder turco destacou a declaração do PKK como uma organização proibida no Iraque, desde o mês passado, e assinalou: "Partilhei com os meus homólogos que acredito que a sua presença em território iraquiano terminará o mais rapidamente possível".
Neste sentido, Erdogan manifestou a disposição da Turquia em "oferecer o seu apoio ao Iraque para atingir este objetivo", noticiou, por sua vez, a televisão turca Rudaw.
Al-Sudani destacou que "o Iraque não permitirá que o seu território seja utilizado para atacar os seus vizinhos" e sublinhou que a Constituição do país é respeitada.
"A segurança do Iraque e da Turquia é indivisível. A segurança e a cooperação bilateral são importantes para a região", defendeu.
Erdogan também se referiu às relações económicas bilaterais e manifestou o desejo de aumentar o comércio entre os dois países, que em 2023 foi de 20 mil milhões de dólares (18 mil milhões de euros).
Ambos os líderes discutiram investimentos em infraestruturas, como o Projeto de Desenvolvimento Terrestre Iraquiano, que visa fazer a ligação à fronteira com o Iraque por via rodoviária e ferroviária, iniciativa em que também participam os Emirados Árabes Unidos e o Qatar, e ainda cooperação no setor hídrico.
No total, al-Sudani e Erdogan assinaram mais de 24 memorandos de entendimento.
Na sua visita ao Iraque, o Presidente turco planeia visitar Erbil, capital da região autónoma do Curdistão iraquiano, onde se reunirá com os líderes das formações curdas que governam este território.
Desde que o PKK pegou em armas em 1984 para exigir a independência no sudeste turco, de maioria curda, mais de 40 mil pessoas perderam a vida.
A Turquia ataca frequentemente grupos relacionados com o PKK na Síria e também no Iraque, razão pela qual Bagdade tem denunciado violações da sua soberania.
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