"Os combatentes da Resistência Islâmica atacaram a colónia de Margaliot, a cidade libanesa ocupada de Hunín, no final da tarde desta terça-feira com dezenas de foguetes 'Katyusha'", sublinhou o grupo xiita libanês, em comunicado.
De acordo com o movimento, o lançamento foi uma resposta a um ataque realizado por aviões israelitas contra uma casa na cidade libanesa de Hanine, que causou a morte a uma mulher e à sua sobrinha, menor de idade, de acordo com a agência de notícias oficial ANI.
A 'media' estatal adiantou ainda que outras seis pessoas ficaram feridas no bombardeamento da casa, que foi totalmente destruída pelo impacto de dois mísseis.
Além da ação contra Margaliot, o Hezbollah assumiu esta terça-feira a responsabilidade por outros sete ataques contra grupos de soldados e posições militares no norte do Estado judeu, o mais forte com recurso a vários drones contra um quartel localizado a cerca de 15 quilómetros da fronteira comum.
Este grupo militante, que intensificou os ataques nos últimos dias, geralmente visa apenas posições fronteiriças.
Há mais de seis meses que Israel bombardeia alvos cada vez mais profundos no Líbano, e os seus drones visam regularmente membros do movimento pró-iraniano.
As trocas de tiros entre Israel e o Hezbollah desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro, fizeram 378 mortos do lado libanês, incluindo 252 combatentes do movimento libanês e cerca de 70 civis, segundo uma contagem da AFP.
No norte de Israel, onze soldados e oito civis foram mortos, segundo o exército. Dezenas de milhares de habitantes tiveram de fugir da zona de ambos os lados da fronteira.
Segundo a agência noticiosa Associated Press (AP), Israel tem cometido regularmente "assassínios seletivos" de membros dos movimentos islamitas Hezbollah e Hamas no Líbano, por vezes em áreas distantes da fronteira.
O grupo libanês Hezbollah e os seus aliados têm vindo a atacar Israel ao longo da fronteira há mais de seis meses, no contexto da guerra israelita contra o grupo islamita palestiniano Hamas, na Faixa de Gaza, motivando respostas quase diárias da parte de Telavive.
A guerra em Gaza teve início a 07 de outubro, após o ataque do Hamas ao território israelita, que fez mais de 1.200 mortos e mais de 240 raptados, e levou a posterior operação militar de Israel no enclave, que já provocou mais de 34.000 mortos, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
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