Uma delegação de cinco membros, chefiada pela antiga ministra da Defesa Tomomi Inada, conhecida pelas suas opiniões nacionalistas, juntou-se a funcionários do Governo numa inspeção marítima no sábado, em torno das ilhotas desabitadas, conhecidas como as ilhas Senkaku, no Japão, e as ilhas Diaoyu, na China.
"As ilhas Diaoyu Dao e as ilhas associadas são inerentemente parte do território da China", afirmou um porta-voz da embaixada chinesa em Tóquio, numa declaração publicada hoje no seu site.
"Em resposta às ações ilegais e provocatórias do Japão, a China apresentou queixas solenes ao lado japonês", acrescentou.
Estas ilhas remotas são, desde há muito, uma fonte de tensão entre os dois países, cada um dos quais reivindica a soberania sobre o território.
As incursões de embarcações chinesas, nomeadamente da guarda costeira e de pescadores, intensificaram-se nos últimos anos nas proximidades destes ilhéus, que são controlados pelo Japão. Estas ações são sistematicamente condenadas por Tóquio.
As tensões entre os dois países aumentaram consideravelmente desde que o Japão começou a descarregar no mar, em 24 de agosto de 2023, as águas tratadas da central nuclear de Fukushima, que se encontrava danificada.
A China acusou Tóquio de tratar o mar como um "esgoto" e, em resposta, suspendeu todas as importações de produtos do mar japoneses.
"É difícil esquecer que a guarda costeira chinesa entrou nestas águas territoriais como se lhes pertencessem", declarou Inada aos meios de comunicação japoneses, a partir do navio de inspeção.
A inspeção, que durou várias horas, foi organizada pela cidade japonesa de Ishigaki (Sul), na região de Okinawa. Os deputados utilizaram um drone para examinar uma das ilhas, segundo a televisão pública japonesa NHK.
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