Na rede social X (antigo Twitter), Eric Mammer, porta-voz de Von der Leyen, anunciou que a responsável viajará a 06 de maio para Paris, a convite do Presidente Emmanuel Macron, para uma reunião tripartida com o Presidente chinês, Xi Jinping.
A reunião decorrerá no primeiro dia da deslocação de Xi pela Europa na próxima semana, que inclui França, Sérvia e a Hungria, naquela que será a primeira viagem à Europa em cinco anos, como informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
"A convite do Presidente Emmanuel Macron, de França, do Presidente Aleksandar Vucic, da Sérvia, e do Presidente Tamás Sulyok e do Primeiro-Ministro Viktor Orbán, da Hungria, o Presidente Xi Jinping fará visitas de Estado" entre 05 e 10 de maio a estes países, precisou a mesma fonte através de um porta-voz.
Em comunicado a presidência francesa tinha informado que os contactos entre os presidentes "vão concentrar-se nas crises internacionais, nomeadamente a guerra na Ucrânia e na situação no Médio Oriente, nas questões comerciais, na cooperação científica, cultural e desportiva, bem como nas nossas ações comuns para enfrentar os desafios globais, em particular a emergência climática, a proteção da biodiversidade e a situação financeira dos países mais vulneráveis".
O Palácio do Eliseu tinha ainda indicado que a visita de Xi decorre "por ocasião do 60.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países e ocorre na sequência da visita do Presidente a Pequim e Cantão em abril de 2023".
No ano passado, na República Popular da China, Emmanuel Macron apelou a Xi Jinping para "chamar a Rússia à razão" relativamente à Ucrânia "e para que todos regressem à mesa das negociações".
Nos últimos meses registou-se uma ligeira aproximação entre a China e a União Europeia, apesar das tensões nos domínios do comércio, da economia e do respeito pelos direitos humanos.
As divergências agravaram-se na semana passada quando a CE anunciou uma investigação sobre o mercado chinês dos dispositivos médicos, avisando determinar se a China discrimina as empresas europeias nos concursos públicos deste setor a favor das próprias empresas.
Em curso estavam já investigações sobre possíveis subsídios ilegais concedidos a fabricantes de turbinas chineses no âmbito de parques eólicos em Espanha, Grécia, França e Bulgária e a alegadas subvenções sobre as importações de veículos elétricos da China.
Em meados de abril, o chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu ao Presidente Xi Jinping, em Pequim, para pressionar Moscovo a parar a "campanha sem sentido" na Ucrânia, afirmando simultaneamente o apoio germano-chinês a uma conferência de paz em junho na Suíça.
Na semana passada, o líder chinês recebeu também o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, a quem pediu que os Estados Unidos "sejam parceiros e não rivais".
O secretário de Estado norte-americano disse ter manifestado a Pequim preocupações relativamente ao apoio dado à Rússia, afirmando que a invasão da Ucrânia seria "mais difícil" sem o apoio de Pequim.
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