Rússia justifica detenções de cidadãos tajiques com combate ao terrorismo
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou hoje que o Tajiquistão recebeu "explicações detalhadas" sobre as centenas de detenções dos seus cidadãos como uma medida para prevenir as ações terroristas, prevista na legislação russa.
© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images
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Peskov disse que, por iniciativa de Moscovo, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, contactou o seu homólogo tajique, Sirojiddin Mukhriddin, para conversar sobre as detenções em massa que ocorreram nas últimas semanas no aeroporto de Vnukovo, em Moscovo.
"Os trágicos acontecimentos" ocorridos no final de março na sala de concertos Crocus City Hall, nos arredores de Moscovo, "tornaram-se a principal razão para controlos mais exaustivos sobre os cidadãos estrangeiros", explicou Peskov, citado um comunicado Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Da mesma forma, Peskov afirmou que se trata de uma "medida temporária" e que não se dirige a "uma nação ou religião específica" e que com o passar do tempo a situação nos postos de controlo irá se normalizar.
Neste sentido, o porta-voz do Kremlin sublinhou que as partes concordaram com a necessidade de continuar a trabalhar nas relações históricas entre a Rússia e o Tajiquistão, bem como preservar e reforçar estas dinâmicas positivas.
No final de março, ocorreu um ataque 'jihadista' na Crocus City Hall que deixou mais de 140 mortos. O ataque, realizado por suspeitos de origem tajique, foi reivindicado pelo braço afegão do Estado Islâmico (EI).
Na segunda-feira, o Tajiquistão apresentou uma queixa formal contra as autoridades russas depois de mais de 950 dos seus cidadãos terem sido detidos no aeroporto internacional de Vnukovo, em Moscovo, e sujeitos a controlos considerados desproporcionais.
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