Na rede social X (antigo Twitter), a conservadora indicou segunda-feira que na base da suspensão da subvenção, estimada em um milhão de euros anuais, estavam ações de "uma minoria radicalizada que difunde o ódio antissemita e manipulada pelo LFI (La France Insoumise, o principal partido da esquerda francesa) e pelos seus aliados islamo-esquerdistas".
Esta minoria, defendeu Pécresse, "não pode ditar a lei para toda uma comunidade educativa", justificando uma decisão que não foi apoiada pela ministra do Ensino Superior de França, Sylvie Retailleau.
A governante indicou que a subvenção estatal francesa, que representa quase 40% do orçamento da instituição, será mantida.
"Temos um contrato de desempenho de objetivos e recursos em discussão, e temos a possibilidade de o discutir com a Sciences Po", mas "o Estado não vai cortar o subsídio à Sciences Po", disse Sylvie Retailleau no canal de televisão France 2, estimando o financiamento em causa em 75 milhões de euros.
Na mensagem de segunda-feira, Valerie Pécresse acrescentou ainda que a sua região "defende o direito a um debate livre, esclarecido e respeitoso no seio da universidade francesa, em conformidade com os valores universais do humanismo que elas encarna e que estão no centro do pacto republicano".
"Perante as renúncias da direção, a Região apela a um aumento da autoridade", acrescentou na sua mensagem.
Inspiradas nas mobilizações de algumas universidades norte-americanas, a Sciences Po e a Sorbonne, duas das mais prestigiadas instituições francesas, foram palco de bloqueios e ocupações que levaram à intervenção da polícia para as desmobilizar.
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