Enquadrada num dia de ação global de organizações não governamentais (ONG), a Amnistia Internacional divulgou a sua petição com o apoio de mais de 250 associações humanitárias e de direitos humanos, especialistas em armas, ativistas, jornalistas e académicos.
Para a diretora de secção da Amnistia Internacional Erika Guevara Rosas, esta exigência deve servir de alerta para quem continua a enviar armas às partes envolvidas no conflito.
"Os países correm o risco de serem cúmplices de crimes de guerra e de outras violações do direito internacional", avisou a organização, que destacou a possibilidade de estarem a violar a Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.
Já no seu relatório anual, no final de abril deste ano, a Amnistia Internacional tinha denunciado que nações poderosas - entre as quais citou os Estados Unidos e muitos países da Europa Ocidental -- estavam a apoiar a ofensiva militar de Israel contra a população civil em Gaza.
Nesse relatório, sobre os Estados Unidos em particular, a Amnistia Internacional disse que Washington continuava a fornecer armas "com as quais foram cometidas violações flagrantes dos direitos humanos".
Através desta iniciativa, a Amnistia Internacional pretende sensibilizar a população e os governos para o impacto que os envios de armas podem ter na defesa dos direitos humanos.
Também para este efeito, os ativistas da organização propõem diversas campanhas de sensibilização, que vão desde manifestações a projeções de imagens em edifícios governamentais.
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