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Presidente chinês volta à Europa após Covid-19 com Ucrânia na agenda

O Presidente chinês, Xi Jinping, inicia hoje em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de Covid-19, incluindo deslocações também à Hungria e Sérvia, com uma agenda que deve incluir Ucrânia, comércio e investimento.

Presidente chinês volta à Europa após Covid-19 com Ucrânia na agenda
Notícias ao Minuto

06:15 - 06/05/24 por Lusa

Mundo Xi Jinping

Neste primeiro dia, decorrerá uma receção em Paris nos Les Invalides, onde estão os restos mortais do Imperador Napoleão e onde são prestadas homenagens de Estado, segundo a presidência francesa.

Além das conversações bilaterais no Palácio do Eliseu e do encontro que juntará os presidentes e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, estão previstos encontros económicos sino-franceses no Teatro Marigny (Paris).

Os dois líderes e as respetivas primeiras damas vão, um dia depois, visitar o emblemático Tourmalet, nos Pirenéus, numa altura em que se assinalam 60 anos de relações diplomáticas entre os dois países, acrescentou o gabinete de Emmanuel Macron.

A viagem de dois dias acontece um ano após a visita de Macron a Pequim e Cantão em 2023, num contexto de ligeira aproximação entre a China e a União Europeia, embora ainda existam tensões nos domínios do comércio, da economia e do respeito pelos direitos humanos.

As agências noticiosas internacionais preveem que Xi expresse descontentamento quanto às investigações europeias sobre as práticas comerciais chinesas e mantenha a posição quanto à Rússia. A China reivindica neutralidade no conflito na Ucrânia, mas Xi e Putin declararam que os seus governos tinham uma "amizade sem limites" antes do ataque de Moscovo em fevereiro de 2022.

Para Paris, a questão principal deve ser a guerra na Ucrânia, e sendo que "a China é um dos principais parceiros da Rússia", Emmanuel Macron pretende "encorajá-la a utilizar as influências que tem sobre Moscovo para mudar os cálculos da Rússia e contribuir para a resolução deste conflito", segundo o Palácio do Eliseu.

No ano passado, na China, Macron apelou ao seu homólogo para "chamar a Rússia à razão" e pouco depois o Presidente chinês telefonou ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela primeira vez desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.

Porém, os progressos diplomáticos esperados por Paris não se verificaram.

Depois da França, Xi visitará a Hungria e a Sérvia, países europeus dos mais próximos da China e também do Presidente russo, Vladimir Putin.

Leia Também: Manifestantes pró-Tibete em Paris contra visita de Xi. As imagens

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