Decretado recolher obrigatório em Cartum para "preservar vidas"

As autoridades sudanesas decretaram hoje o recolher obrigatório no estado de Cartum para "preservar a vida e os bens dos cidadãos" face à ameaça da presença do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF).

Notícia

© Getty Images

Lusa
13/05/2024 20:48 ‧ 13/05/2024 por Lusa

Mundo

Sudão

Em comunicado, o governador do estado de Cartum, Ahmed Ozman Hamza, anunciou a medida, que inclui o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais e locais de diversão a partir das 22:00 locais (21:00 em Lisboa) até às 05:00 de terça-feira, enquanto a circulação de veículos será proibida a partir das 23:00.

O recolher obrigatório foi imposto "à luz das atuais condições de segurança para preservar as vidas e os bens dos cidadãos", disse Hamza, adiantando que as autoridades poderão confiscar qualquer veículo que viole a ordem e prender os "suspeitos" de incumprimento.

O governador de Cartum disse que qualquer pessoa que viole a ordem enfrentará uma punição de até seis meses de prisão e uma multa de até um milhão de libras sudanesas (cerca de 1.542 euros).

As autoridades sudanesas declararam o estado de emergência em Cartum, a capital, no início de maio, para "regular" a presença de combatentes estrangeiros filiados nas RSF, que tentam tomar o controlo da capital e da sua área metropolitana.

Até ao momento, o controlo de Cartum está dividido entre os paramilitares e o exército, que recentemente levou a cabo uma grande ofensiva na cidade vizinha de Umdurman e recapturou grande parte da cidade estratégica, vital para alimentar a linha de abastecimento que liga o leste e o oeste do Sudão.

O conflito no Sudão, que evoluiu para a guerra a 15 de abril do ano passado, já causou a morte a cerca de 15 mil pessoas e obrigou 8,6 milhões de sudaneses a abandonarem o país, empurrando outros 18 milhões para uma situação de fome, de acordo com os dados das Nações Unidas, que tem chamado repetidamente a atenção para a escalada do conflito e para as abrangentes e duradouras consequências nos sudaneses.

Leia Também: Pelo menos duas crianças morrem em ataque contra hospital no Sudão

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas