Nove detidos na Polónia por suspeitas de sabotagem ao serviço da Rússia

Nove pessoas foram recentemente presas na Polónia por suspeitas de atos de sabotagem em colaboração com os serviços de informações russos, revelou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

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© Andrzej Iwanczuk/NurPhoto via Getty Images

Lusa
20/05/2024 20:16 ‧ 20/05/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Atualmente temos nove suspeitos detidos e acusados, que estiveram diretamente envolvidos em nome dos serviços russos em atos de sabotagem na Polónia", disse Tusk em entrevista à televisão privada TVN24.

"Trata-se de cidadãos ucranianos, bielorrussos e polacos", indicou o chefe do Governo, acrescentando que por vezes estas pessoas foram recrutadas dentro de grupos criminosos.

Os suspeitos são nomeadamente acusados de "espancamentos, incêndio criminoso e tentativa de incêndio criminoso", esclareceu.

Segundo Tusk, a sabotagem dos serviços russos abrange atualmente não só à Polónia, mas também a Lituânia, a Letónia e possivelmente a Suécia. Uma investigação internacional está em andamento, explicou.

Entre os exemplos citados, mencionou uma tentativa de atear fogo a uma fábrica de tintas em Wroclaw, no oeste da Polónia, ou o incêndio num centro da multinacional Ikea na Lituânia.

Tusk também prometeu mais informações públicas sobre ações de sabotagem na Polónia nos próximos dias.

Em meados de maio, Tusk anunciou o reforço dos serviços de informações polacos na sequência das atividades de Moscovo destinadas a desestabilizar a situação na Polónia, dedicando um envelope de 100 milhões de zlotys (23,5 milhões de euros) para os serviços de contraespionagem civis e militares.

Em seguida, indicou também que vários atos de sabotagem foram frustrados, "graças à vigilância" dos serviços polacos e dos seus aliados.

Nas últimas semanas, Varsóvia revelou a prisão de um homem suspeito de ajudar os serviços de informações russos a preparar um possível atentando contra o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, bem como do patrocinador bielorrusso do ataque contra Leonid Volkov, um amigo próximo do falecido opositor russo, Alexei Navalny, em março, em Vilnius, e de dois polacos responsáveis ??pela agressão.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, Varsóvia tem sido um apoiante incondicional de Kiev e o principal país de trânsito das armas ocidentais que lhe são entregues.

Leia Também: Ucrânia. Rússia e EUA trocam acusações no Conselho de Segurança

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