Ataque russo com drones deixa a cidade de Sumi sem água e luz
Um ataque russo com 'drones' deixou sem eletricidade e água a cidade de Sumi, localizada no nordeste da Ucrânia e perto da fronteira com a Rússia, na madrugada de hoje, disseram as autoridades locais.
© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images
Mundo Ucrânia
"Como resultado do ataque inimigo, Sumi não está a receber eletricidade", declarou o chefe da administração militar da região de Sumi, Oleksi Drozdenko, na rede social Telegram.
A administração militar regional já tinha relatado previamente o impacto dos 'drones' disparados pela Rússia nas infraestruturas energéticas de duas cidades da região.
Segundo as autoridades municipais de Sumi, o fornecimento de eletricidade e água canalizada foi parcialmente restabelecido na cidade.
A própria câmara municipal também informou a interceção, durante a madrugada, na região de Sumi, de sete 'drones' iranianos Shahed lançados pela Rússia.
Segundo a força aérea ucraniana, as defesas antiaéreas ucranianas conseguiram destruir entre a noite de terça-feira e hoje 24 'drones' lançados pela Rússia contra Sumi e outras regiões do leste, sul e centro da Ucrânia.
Apesar de serem intercetados no ar, os fragmentos desses 'drones' por vezes atingem áreas residenciais ou infraestruturas, causando destruição e incêndios.
A Rússia ataca a Ucrânia quase todas as noites com 'drones' Shahed, um tipo de aparelho não tripulado desenvolvido pelo Irão, de custo relativamente baixo e capaz de atingir alvos a longas distâncias.
O setor elétrico ucraniano tem sido, desde março passado, um dos objetivos prioritários dos bombardeamentos russos sobre a Ucrânia, que teve boa parte da sua capacidade de produção de eletricidade destruída nos ataques massivos lançados pela Rússia contra as suas centrais energéticas.
A empresa pública ucraniana de eletricidade, Ukrenergo, alertou hoje os ucranianos que os cortes de energia, que começaram a ser aplicados para poupar eletricidade, podem aumentar nesse verão devido ao aumento do consumo devido ao calor.
Para mitigar o défice elétrico, a Ucrânia tem importado níveis recorde de eletricidade dos países vizinhos. A medida, porém, não é suficiente para continuar a oferecer o fornecimento ininterrupto à população, empresas e outros consumidores.
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