A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, afirmou, esta quarta-feira, que a Rússia está a levar a cabo uma "guerra paralela" contra o Ocidente.
Dado que muitos agentes dos serviços secretos russos já foram sancionados, responsáveis e especialistas ocidentais já afirmaram que o Kremlin está a mudar de táctica, contratando outros para operações híbridas – estratégias não militares que incluem ataques cibernéticos, interferência eleitoral e desinformação, e ataques a inimigos do Presidente Vladimir Putin.
Com eleições cruciais no Ocidente, as autoridades dizem acreditar que o ritmo de tais atividades só irá aumentar e alguns querem contramedidas mais duras.
"O que eu gostaria de ver é o reconhecimento de que estes não são eventos isolados. Em segundo lugar, que partilhemos informações sobre isto entre nós. Terceiro, torná-lo o mais público possível", afirmou, citada pela Associated Press, sugerindo que a Rússia está a levar a cabo uma "guerra paralela" contra o Ocidente.
O Ocidente deve ter uma "discussão séria sobre uma abordagem coordenada". "Até onde os deixamos ir no nosso solo?", questionou.
Kaja Kallas sugeriu ainda que a Rússia utiliza espiões disfarçados de diplomatas "a toda a hora", e altos funcionários estónios apoiam uma iniciativa checa que limita os vistos para enviados russos ao país onde estão destacados. A Rússia procura "semear o medo" e quebrar o apoio ocidental a Kyiv.
Recorde-se que Kyiv tem pedido insistentemente ao Ocidente mais sistemas de defesa aérea para proteger Kharkiv, uma região fronteiriça com a Rússia, que é regularmente bombardeada.
Segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o ataque russo lançado em 10 de maio em Kharkiv pode ser a primeira vaga de uma ofensiva mais vasta.
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