A intenção é "conquistar as forças políticas que são tão importantes para a maioria de centro", afirmou Von der Leyen, em entrevista à rádio Deutschlandfunk, pedindo que o foco não seja colocado nos partidos, mas nos eurodeputados.
No entanto, ressalvou que o critério é trabalhar com eurodeputados "a favor da Europa, da Ucrânia, contra a Rússia e a favor de um Estado de direito".
No mês passado, a presidente da Comissão Europeia já tinha admitido não descartar uma cooperação com o Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus, onde se inclui o partido da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Esta quinta-feira, a cabeça de lista de centro-direita a presidente da Comissão Europeia rejeitou acordos com "amigos de Putin", sem nunca mencionar a extrema-direita ou os conservadores, e disse "trabalhar bem" com a primeira-ministra italiana, a conservadora Giorgia Meloni.
Intervindo num debate promovido pelo Parlamento Europeu em Bruxelas, a candidata principal do Partido Popular Europeu ao executivo comunitário e atual líder da instituição indicou que partidos como a União Nacional (Rassemblement National) e a Alternativa para a Alemanha (AfD) "podem ter diferentes princípios, mas têm uma coisa em comum".
O chanceler alemão, Olaf Scholz, já defendeu que a Comissão Europeia não deveria confiar na extrema-direita para o seu próximo mandato, afirmando estar "muito entristecido com a ambiguidade das declarações políticas ouvidas recentemente".
O chefe do Governo alemão disse que a presidência da Comissão Europeia deve ser estabelecida com os partidos tradicionais.
"Qualquer outra coisa seria um erro para o futuro da Europa", assinalou.
Von der Leyen é candidata a um novo mandato de cinco anos como presidente da Comissão Europeia, precisando, para isso, do apoio da maioria simples do Parlamento Europeu.
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