Presidente de Taiwan diz estar pronto para trabalhar com a China

Dois dias após o fim das manobras militares chinesas em torno de Taiwan, o Presidente taiwanês afirmou hoje que Taipé está pronta para trabalhar com a China para alcançar a "compreensão mútua" e a "reconciliação".

Notícia

© Lusa

Lusa
26/05/2024 09:57 ‧ 26/05/2024 por Lusa

Mundo

Taiwan

Num evento organizado pelo Partido Democrático Progressista (PDP, a que pertence), Lai Ching-te afirmou que o seu discurso de tomada de posse na segunda-feira passada reiterou que "a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são necessárias para a segurança e prosperidade globais".

Neste discurso, Lai lembrou ter "exortado também a China a assumir conjuntamente com Taiwan a importante responsabilidade pela estabilidade regional".

"Espero também reforçar a compreensão mútua e a reconciliação através de intercâmbios e da cooperação com a China [...] e avançar para uma posição de paz e prosperidade comuns", afirmou Lai. 

"Qualquer país que faça ondas no Estreito de Taiwan e comprometa a estabilidade regional não será aceite pela comunidade internacional", acrescentou.

Lai tomou posse como Presidente de Taiwan a 20 deste mês, sob o olhar atento de Pequim, que considera a ilha como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o seu território desde o fim da guerra civil chinesa e a chegada ao poder dos comunistas no continente, em 1949.

A China, porém, ficou ofendida com o discurso de tomada de posse do novo presidente de Taiwan.

Em particular, Lai Ching-te afirmou que "a República da China (Taiwan) e a República Popular da China (China continental dirigida pelo Partido Comunista) não estão subordinadas uma à outra".

Pequim considera estas afirmações separatistas e, como resposta, a China efetuou manobras militares em torno de Taiwan durante 48 horas na quinta e sexta-feira.

O exercício 'Joint Sword-2024ª' tinha como objetivo enviar um sinal de desaprovação às autoridades do território insular, que é reivindicado por Pequim.

No domingo, o Ministério da Defesa de Taiwan declarou ter detetado sete aviões chineses, 14 navios de guerra e quatro navios da guarda costeira chinesa "em redor" de Taiwan nas 24 horas anteriores às 06h00 locais de hoje (22h00 de sábado em Lisboa).

Leia Também: EUA acusam China de "provocações militares" e pedem "moderação"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas