"Durante um mês realizámos reuniões e debatemos. Reunimo-nos com representantes de diversas esferas, partidos políticos e movimentos sociais. A maioria absoluta das pessoas com quem falámos apoiou a ideia de que Bagrat Galstanyan deveria ser primeiro-ministro", defendeu um dos líderes do movimento "Tavush pela Pátria" Gurguén Melikián.
A oposição sublinhou que esta seria uma decisão "difícil" para o arcebispo porque teria de mudar o rumo da sua vida, mas vincou que tal faz parte da sua vocação.
Galstanyan já pediu uma licença ao patriarca para poder aspirar a primeiro-ministro da Arménia.
O movimento "Tavush pela Pátria" tem vindo a opor-se à entrega de aldeias fronteiriças ao Azerbaijão.
A delimitação da fronteira com o Azerbaijão deu origem a uma série de protestos na Arménia, com a oposição a acusar o primeiro-ministro, Nikol Pashinyan, de ceder constantemente às exigências de Baku.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje, na Arménia, pedindo a demissão do primeiro-ministro, após o Governo ter decidido ceder aldeias fronteiriças ao Azerbaijão.
Os manifestantes concentraram-se na Praça da República, num protesto liderado pelo arcebispo Bagrat Galstanyan.
A Arménia controlava os territórios em causa desde a década de 90.
Os residentes das cidades vizinhas alegam que a medida isola o resto do país e acusam Pashinyan de ceder o território, sem receber nada em troca.
Já o primeiro-ministro assegurou que esta decisão foi tomada para manter a paz com Baku.
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