Na região, junto à fronteira com o Mali, com forte presença de grupos extremistas islâmicos, está a decorrer desde segunda-feira um "exercício nacional de grande envergadura no centro de formação das forças especiais" em Tillia, indicou o ministério num comunicado de imprensa.
O exercício, que resulta de uma "parceria militar entre o Níger e países amigos como o Mali, Burkina Faso, Togo e Chade", inclui "manobras táticas" e "iniciativas para reforçar os laços com a população local", explicou o ministério.
Trata-se das primeiras manobras militares conjuntas do género entre os cinco países, todos eles confrontados com diferentes graus de violência de grupos armados extremistas islâmicos.
O Togo é um dos países da África Ocidental que adotaram um tom mais conciliatório com os regimes militares que chegaram ao poder através de golpes de Estado no Mali, Burkina Faso e Níger.
No início deste ano, estes três países abandonaram a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para formar a sua própria organização, a Aliança dos Estados do Sahel (AES), e anunciaram, em março, a criação de uma força militar conjunta.
Virando as costas aos seus parceiros tradicionais, nomeadamente a França, a antiga potência colonial, este grupo de países reforçou os seus laços com a Rússia.
O exercício, que termina a 3 de junho, é realizado "com o objetivo de reforçar as capacidades operacionais" e "a resiliência das forças armadas da AES face às ameaças potenciais", explicou o ministério.
O Centro de Treino das Forças Especiais de Tillia, que acolhe o exercício, foi financiado pela Alemanha e está operacional desde julho de 2021, perto da fronteira com o Mali, palco de ataques recorrentes e mortíferos de grupos filiados no grupo Estado Islâmico e na Al-Qaeda.
Foi nesta mesma região de Tillia que 141 civis foram massacrados em 21 de março de 2021 por supostos extremistas em vários ataques a várias aldeias.
Em setembro de 2022, os Estados Unidos forneceram ao Centro de Tillia equipamentos militares no valor de 13 milhões de dólares (12 milhões de euros), constituído principalmente por vários tipos de veículos, incluindo veículos blindados.
Desde então, o Níger, onde um regime militar tomou o poder em julho de 2023, denunciou os acordos militares com Washington e exigiu que as tropas norte-americanas abandonassem o país até 15 de setembro.
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