O Ministério da Reunificação sul-coreano manifestou, em comunicado, a sua clara oposição às últimas decisões políticas da Coreia do Norte, que descreveu como "provocativas e irracionais".
"Estamos a levar isto muito a sério, não vamos tolerar esse tipo de ações", garantiu.
Este ministério frisou também que se Pyongyang continuar com este tipo de ações, o Governo sul-coreano terá de "tomar medidas que a Coreia do Norte não conseguirá enfrentar".
"Alertamos que a responsabilidade por tudo o que acontecer neste sentido será da Coreia do Norte", destacou, numa reação ao lançamento por Pyongyang de uma dúzia de mísseis em direção ao mar do Japão, também conhecido como mar do Leste.
As autoridades sul-coreanas denunciaram ainda que o vizinho do Norte implementou medidas para interferir nos sinais GPS da Coreia do Sul durante três dias consecutivos, segundo a agência de notícias Yonhap, citada pela agência Europa Press.
Fontes do Exército sul-coreano sugeriram também que Pyongyang poderá enviar mais balões com lixo no sábado, tendo em conta as condições meteorológicas.
Na quarta-feira, os meios de comunicação social tinham revelado o lançamento pela Coreia do Norte de balões cheios de lixo, papel higiénico e fezes de animais para o vizinho do Sul.
Desde que a Guerra da Coreia (1950-1953) terminou num armistício e não num tratado de paz, o Norte e o Sul permanecem tecnicamente em guerra e estão separados por uma fronteira fortemente fortificada, incluindo a zona desmilitarizada.
Ativistas sul-coreanos lançam por vezes balões que contêm folhetos de propaganda contra o poder norte-coreano e dinheiro destinado às pessoas que vivem a norte da fronteira.
Estes lançamentos há muito que despertam irritação em Pyongyang, possivelmente por temer que um influxo de informação externa, numa sociedade fortemente controlada, possa representar uma ameaça para aqueles que estão no poder.
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