Israel anuncia a morte de mais quatro reféns em Gaza

Reféns morreram em cativeiro e os seus corpos estão na posse do Hamas.

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© Reprodução Twitter IDF

Notícias ao Minuto com Lusa
03/06/2024 18:56 ‧ 03/06/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Israel/Palestina

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram, esta segunda-feira, morte de mais quatro reféns, que tinham sido raptados pelo Hamas a 7 de outubro e levados para a Faixa de Gaza. 

O Exército disse estar a verificar se foram os reféns mortos por fogo das IDF, escreve o diário israelita Haaretz. 

Os reféns foram identificados como Chaim Peri, de 80 anos, Yoram Metzger, 80 anos, e Amiram Cooper, 84 anos, do 'kibutz' Nir Oz, e Nadav Popplewell, um cidadão israelo-britânico, de 51 anos, do 'kibutz' de Nirim.

Os corpos estão a ser mantidos pelo Hamas e o Exército acredita que todos foram mantidos juntos em Gaza, ao longo dos últimos meses. 

O Haaretz recorda que, em dezembro, o Hamas havia divulgado um vídeo que mostrava Chaim Peri, Yoram Metzger e Amiram Cooper. Já em maio, tinha divulgado um vídeo no qual surgia Nadav Popplewell (pode ver as imagens na galeria acima).

No vídeo de propaganda do Hamas, Peri, claramente sob coação, dizia que os três homens tinham doenças crónicas e acusava Israel de os ter abandonado. Já Popplewell parecia comunicativo no vídeo, embora tivesse um grande hematoma no olho direito.

O Hamas indicou em maio que Popplewell morreu após ser ferido num ataque aéreo israelita, mas não forneceu provas.

O porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, disse hoje que os quatro homens morreram juntos na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, durante operações israelitas na região, mas a causa das mortes não é ainda conhecida.

"Estamos a verificar todas as opções", disse Hagari, acrescentando que "há muitas perguntas".

Israel realizou uma grande ofensiva em Khan Yunis, um reduto do Hamas, no início deste ano, no âmbito das operações militares no enclave palestiniano que se prolongam desde 07 de outubro.

O cidadão israelo-britânico foi sequestrado na sua casa durante os ataques do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro com a sua mãe, Channah Peri, de 79 anos, que foi libertada durante a trégua de uma semana alcançada em novembro.

O seu irmão Roi morreu durante os ataques do Hamas, segundo a imprensa israelita.

As mortes somaram-se à crescente lista de reféns que, de acordo com dados de Telavive, morreram em cativeiro.

No dia 07 de outubro, o Hamas levou cerca de 250 reféns para a Faixa de Gaza e perto de metade foram libertados durante o breve cessar-fogo em novembro.

Dos cerca de 130 reféns restantes, acredita-se que 85 ainda estejam vivos.

A notícia da morte dos reféns surge numa fase em que Israel e o Hamas estão a negociar um plano em três fases, divulgado na sexta-feira pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, com vista a alcançar uma trégua permanente, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza e reforço da entrada de ajuda humanitária no enclave, a par da libertação das pessoas em cativeiro.

O plano foi bem recebido pelo Hamas, mas o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que a trégua seria temporária, ao mesmo tempo que mantém a ofensiva militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e enfrenta pressões crescentes dos seus aliados de extrema-direita e manifestações nas ruas a exigir a sua demissão e a libertação dos reféns.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e deixou duas centenas de reféns na posse do grupo palestiniano, segundo Telavive.

A ofensiva israelita que provocou mais de 36 mil mortos, na maioria civis, de acordo com as autoridades de saúde do governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano, onde a guerra conduziu a uma grave crise humanitária.

[Notícia atualizada às 20h14]

Leia Também: Palestina aceita jurisdição do TIJ "com efeitos imediatos"

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