O rei Carlos III apelou, esta quinta-feira, à união dos países, durante o seu discurso numa cerimónia em França, que assinala os 80 anos do desembarque na Normandia, durante a II Guerra Mundial.
O soberano lembrou as palavras do seu avô, o rei George IV, que descreveu este ataque via terrestre como "a prova suprema".
"Nas praias da Normandia, nos mares do além-mar e nos céus, as nossas forças armadas cumpriram o seu dever com um sentido de humildade, determinação e determinação - qualidades tão características dessa notável geração do tempo de guerra", afirmou, citado pelas publicações internacionais, de ter elogiado os todos aqueles que então "não vacilaram".
Sublinhando a gratidão a todos aqueles que lutaram na altura, e lembrando que muitos morreram em combate numa altura crítica, Carlos III afirmou: "Recordamos a lição que nos é repetida vezes sem conta ao longo das décadas - as nações livres devem unir-se para se oporem à tirania."
Também o sucessor ao trono, o príncipe William discursou, elogiando, sobretudo, os canadianos que se juntaram aos ingleses e Aliados para combater na II Guerra Mundial. "O ataque no Dia D continua a ser a operação militar mais ambiciosa da História. Tudo o que se passou naquele dia cinzento e ventoso levou à libertação da Europa, ainda que com um pesado custo".
Em 6 de junho de 1944, mais de 156.000 militares desembarcaram nas costas da Normandia em cinco praias que receberam os nomes de código Omaha, Gold, Juno, Sword e Utah.
A força era constituída principalmente por tropas norte-americanas, britânicas e canadianas, mas a operação incluiu apoio naval, aéreo e terrestre australiano, belga, checo, holandês, francês, grego, neozelandês, norueguês e polaco.
O Dia D, como ficou para a História, foi a maior invasão anfíbia da guerra, e permitiu abrir uma nova frente, aliviando a pressão sobre a União Soviética a Leste.
A II Guerra Mundial (1939-1945) só viria a terminar cerca de um ano depois, em agosto, com a rendição do Japão após o lançamento de bombas atómicas norte-americanas em Hiroshima e Nagasaki, três meses depois da capitulação alemã.
Também Joe Biden inicia uma visita oficial a França após as celebrações e, segundo a presidência francesa, vai reunir-se com Emmanuel Macron no sábado.
"Numa altura em que, 80 anos após a Libertação da Europa, a guerra regressa ao continente, os dois presidentes vão discutir o apoio inabalável e a longo prazo a dar à Ucrânia", disse a presidência francesa.
Aos encontros na Normandia, seguem-se oportunidades para novas conversas nas cimeiras do G7 (as sete maiores economias mundiais), de 13 a 15 de junho, em Itália, e da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte), de 9 a 11 de julho, nos Estados Unidos.
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