O Comité estatal de fronteiras da Bielorrússia indicou em mensagem na rede social X que está "disposto" a investigar o sucedido e disse esperar que "as tragédias na fronteira cheguem ao fim".
"Deveria ser um lugar de cooperação civilizada em cumprimento dos tratados internacionais e de respeito pelos direitos humanos", assinalaram.
"A parte bielorrussa rejeita qualquer manifestação de agressão e violência contra o pessoal militar que vigia a fronteira estatal e sempre manifestou disponibilidade para um diálogo aberto e construtivo para encontrar soluções adequadas. O caso da morte do soldado polaco não é exceção", sublinhou.
Nessa perspetiva, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Anatoli Glaz, exortou a Polónia a "restaurar a total cooperação entre as suas forças de segurança", segundo informações emitidas pela agência noticiosa bielorrussa Belta.
O responsável pela diplomacia de Minsk transmitiu as suas "mais sinceras condolências aos familiares e amigos" do soldado polaco que morreu quando se encontrava de serviço na fronteira.
"Temos de restaurar os contactos normais na fronteira para que estas tragédias não voltem a repetir-se", assinalou.
Em 28 de maio, de acordo com a versão oficial, a vítima foi atacada com uma faca que lhe atingiu o peito, quando tentava impedir que um grupo de migrantes cruzasse a fronteira em direção à Polónia.
Segundo a mesma versão, terá sido também atingido por pedras quando estava a ser assistido por um guarda fronteiriço.
Nos últimos meses a situação na fronteira registou um significativo agravamento, apesar de as autoridades polacas denunciarem desde 2021 um aumento importante dos migrantes que tentam entrar no país, denunciando a permissividade, e mesmo conivência, do Governo bielorrusso.
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