Uma ativista italiana que se encontravam em prisão domiciliária foi libertada depois de ser eleita para deputada do Parlamento Europeu. Ilaria Salis, de 39 anos, ganhou imunidade, conseguindo ficar livre de acusações relacionadas com um alegado ataque a neonazis.
Ilaria Salis gerou uma onda de protestos, em Milão, depois de ter sido levada algemada e com os pés acorrentados a um tribunal na Hungria. A mulher, professora de profissão, foi detida em Budapeste, em fevereiro do ano passado, após uma contramanifestação contra um comício neonazi.
A professora foi acusada de três tentativas de agressão, bem como de fazer parte de uma organização de extrema-Esquerda. Apesar de negar todas as acusações, Ilaria poderia vir a ser condenada a 11 anos de prisão, segundo o The Guardian.
Em maio foi-lhe concedida prisão domiciliária depois de a ativista ter detalhado as condições que enfrentou na cadeia. A mulher garantiu que a sua cela estava infestada de ratos e insetos, que não tinha acesso a um banho diário e que faltava cuidados médicos urgentes.
No passado domingo, a mulher conseguiu um lugar como eurodeputada no Parlamento Europeu depois de a coligação pela qual era candidata ter obtido cerca de 6,8% dos votos. Após a eleição, os advogados solicitaram a libertação da agora eurodeputada com base no critério de imunidade.
Após o pedido, um juiz húngaro concedeu a liberdade a Ilaria Salis.
"Finalmente! Estamos muito satisfeitos com as notícias vindas de Budapeste, a eurodeputada Ilaria Salis pode agora regressar a Itália e cumprir o seu novo papel, tal como indicado por centenas de milhares de eleitores”, afirmaram os líderes dos partidos que formam a coligação da qual a ativista faz parte.
A mulher deve regressar a Itália na próxima segunda-feira, dia em que celebra 40 anos.
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