A explosão, que as autoridades estão a investigar se foi um atentado com um carro armadilhado, ocorreu por volta das 10h10 locais (4h10 em Lisboa) no exterior de um apartamento pertencente à esquadra de polícia de Bannang Sata, na cidade de Yala.
Num vídeo publicado no Facebook pelo Centro de Assistência de Emergência de Yala, pode ver-se uma enorme nuvem de fumo e vários veículos em chamas à frente do edifício residencial, com destroços e escombros espalhados a dezenas de metros da zona.
As autoridades isolaram o local, receando que possam estar escondidos outros engenhos explosivos, uma tática habitualmente utilizada pela insurreição muçulmana da região, que não costuma reivindicar a autoria dos atentados.
Cerca de 7.600 pessoas foram mortas e mais de 14.100 ficaram feridas no sul da Tailândia desde que o movimento separatista muçulmano retomou a luta armada em 2004, após uma década de letargia, segundo dados do Deep South Watch.
Os ataques com armas ligeiras, os assassínios e os atentados à bomba têm-se repetido regularmente desde então nas províncias meridionais de Pattani, Yala e Narathiwat, de maioria muçulmana e de etnia malaia, apesar do destacamento de cerca de 40.000 membros das forças de segurança e do estado de emergência.
No entanto, nos últimos anos - especialmente desde 2020 - registou-se uma diminuição acentuada do número de incidentes.
Os insurgentes denunciam a discriminação que sofrem por parte da maioria budista do país e exigem a criação de um Estado islâmico que integre estas três províncias, que formavam o antigo sultanato de Pattani, anexado pela Tailândia há um século.
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