A isenção de judeus ultraortodoxos do serviço militar obrigatório em Israel termina esta segunda-feira após anos de discussão.
O término desta isenção levou milhares de judeus ultraortodoxos às ruas, onde, no domingo, protestaram contra esta mudança e onde houve alguma destruição.
Alguns caminhos ficaram bloqueados devido a caixotes do lixo que foram colocados a arder.
Segundo as publicações internacionais, houve confrontos entre os manifestantes e as autoridades, e houve ainda uma situação que envolveu o carro de um ministro.
Vários manifestantes atiraram pedras ao carro onde seguia o ministro da Construção e Habitação, Yitzhak Goldknopf, em direção à sua casa.
O responsável foi retirado do local em segurança em poucos minutos, escreve a CNN Internacional. O momento foi gravado e partilhado nas redes sociais:
Ultra-orthodox attack on Goldknopf's car;
— Middle East News (@Draganov313) June 30, 2024
Goldknopf is the Minister of Housing & Construction of the Zionist regime. pic.twitter.com/6P2GJLmYNo
Em Israel, onde o serviço militar é obrigatório, esta era a única exceção, já que até aqui os judeus ultraortodoxos podiam escapar ao recrutamento se dedicassem o seu tempo a estudar os textos sagrados do judaísmo, uma isenção instaurada pelo então primeiro-ministro Ben Gurion, aquando da criação do Estado de Israel em 1948.
Inicialmente a isenção abrangia 400 jovens, mas hoje atinge 66 mil homens com idades entre os 18 e os 26 anos.
A lei que permitia essa exceção tinha sido invalidada em 2012 pelo Supremo Tribunal, que exigiu um novo texto, mas os sucessivos governos e os partidos ultraortodoxos acabaram sempre por conseguir acordos provisórios, nunca concordando em pôr fim à isenção.
Veja as imagens na galeria acima.
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