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Furacão Beryl deixa rasto de destruição na Jamaica e faz mais dois mortos

O furacão Beryl deixou um rasto de destruição na Jamaica e causou mais dois mortos, elevando para nove o total de vítimas, antes de baixar hoje para categoria 3, a caminho da península de Yucatán, no México.

Furacão Beryl deixa rasto de destruição na Jamaica e faz mais dois mortos
Notícias ao Minuto

06:56 - 05/07/24 por Lusa

Mundo Furacão

A tempestade, que chegou a ser a primeira a evoluir para furacão de categoria 5 no Atlântico, passou junto à costa sul jamaicana e arrancou telhados, derrubou postes telefónicos e árvores em Kingston, mas o primeiro-ministro do país, Andrew Holness, admitiu que a Jamaica não viu "o pior que podia acontecer".

Ainda assim, as autoridades confirmaram que um jovem morreu depois de ser arrastado por uma enxurrada quando tentava recuperar uma bola e uma mulher morreu devido ao desabamento de uma habitação.

São as duas mais recentes vítimas mortais do Beryl, após, nos primeiros dias, ter provocado três mortes na Venezuela e pelo menos três em Granada, assim como uma outra em São Vicente e Granadinas.

Cerca de 65% da Jamaica encontra-se sem eletricidade, com falta de água e sem telecomunicações, o que está a dificultar a avaliação dos danos por parte dos responsáveis governamentais.

O Centro Nacional de Furacões (NHC), em Miami, prevê um enfraquecimento da tempestade "nos próximos dois dias", mas advertiu que o "Beryl deve continuar a ser um furacão até atingir a península de Yucatán".

Por isso, as autoridades mexicanas prepararam abrigos na popular costa caribenha do país, evacuaram algumas comunidades costeiras periféricas e retiraram mesmo ovos de tartarugas marinhas de praias ameaçadas pela tempestade.

A chefe da proteção civil do México, Laura Velázquez, disse hoje que o Beryl deverá ser uma tempestade de categoria 1 quando atingir um trecho relativamente despovoado da costa caribenha do país, ao sul de Tulum, na manhã de sexta-feira.

Mas quando ressurgir no golfo do México, um dia depois, espera-se que atinja novamente a força de um furacão e que possa atingir a fronteira com os EUA, em Matamoros, uma zona que já foi atingida no mês passado pela tempestade tropical Alberto.

O Beryl é o primeiro furacão da temporada no Atlântico e impressionou os especialistas ao ganhar intensidade muito rapidamente durante o fim de semana. Chegou a ser classificado como furacão de categoria 5, o primeiro alguma vez registado pelo serviço meteorológico dos EUA.

Um furacão tão poderoso é extremamente raro no início da temporada de furacões, que vai do início de junho até ao final de novembro.

O Observatório Meteorológico Americano alertou no final de maio que a temporada de 2024 seria extraordinário, com a possibilidade de quatro a sete furacões de categoria 3 ou superior.

Estas previsões estão relacionadas com o esperado desenvolvimento do fenómeno meteorológico La Niña, bem como com as elevadas temperaturas das águas no Oceano Atlântico, que têm estado em valores recorde há mais de um ano.

Leia Também: Furacão Beryl continua como categoria 4 e atinge Jamaica e ilhas Caimão

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