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Talin, Estocolmo, Berlim e Praga condenam deslocação de Orbán a Moscovo

Os governos da Estónia, Suécia, Alemanha e República Checa criticaram hoje a deslocação do presidente em exercício da União Europeia (UE), o primeiro-ministro Viktor Orbán, à Rússia e sublinharam que, em Moscovo, não representa os 27.

Talin, Estocolmo, Berlim e Praga condenam deslocação de Orbán a Moscovo
Notícias ao Minuto

12:51 - 05/07/24 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Em publicações na rede social X, Kallas, futura chefe da diplomacia europeia, garantiu que Órban "de forma alguma representa Bruxelas ou as posições dos 27", enquanto Kristersson destacou a "irresponsabilidade e a deslealdade" do primeiro-ministro húngaro.

"Em Moscovo, Viktor Orbán não representa, de forma alguma, a UE ou as posições da UE. Orbán está a explorar a posição da Presidência da UE para semear a confusão. A UE está unida, apoia claramente a Ucrânia e é contra a agressão russa", escreveu a primeira-ministra estoniana.

Por seu lado, e além da "irresponsabilidade e deslealdade", Kristersson corroborou as palavras de Kallas, criticando o facto de Orbán utilizar a Presidência húngara da UE para visitar Moscovo e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin. 

"Envia o sinal errado ao mundo exterior e é um insulto à luta do povo ucraniano pela sua liberdade. Viktor Orbán está sozinho nesta questão. Não fala em nome da União Europeia e não fala em nome de outros chefes de Estado ou de Governo da EU", frisou o primeiro-ministro sueco.

Para Olaf Scholz, chanceler alemão, Orbán desloca-se a Moscovo para se reunir com Putin "na qualidade de Primeiro-Ministro húngaro". 

"O Conselho Europeu é representado na política externa por Charles Michel. A posição da UE é muito clara: condenamos a guerra de agressão russa. A Ucrânia pode contar com o nosso apoio", acrescentou.

Petr Fiala, primeiro-ministro da República Checa, insistiu também nas mesmas palavras, considerando que Orbán não representa os interesses checos ou os da UE em Moscovo. 

"Também não tem qualquer mandato para negociar em nosso nome. A posição checa é clara: Putin é o agressor, nós apoiamos a Ucrânia", escreveu.

Mais cedo, também a presidente da Comissão Europeia alertou o primeiro-ministro húngaro que "apaziguar Putin" não vai impedi-lo de prosseguir com a invasão ao território ucraniano, após ser anunciado que Viktor Orbán está em Moscovo.

"O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán está de visita a Moscovo. Apaziguar Putin não vai fazê-lo parar. Só unidade e determinação poderão abrir caminho para uma paz compreensiva, justa e duradoura na Ucrânia", disse Ursula von der Leyen, na rede social X (antigo Twitter).

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, chegou hoje a Moscovo para uma viagem oficial à Rússia três dias após visitar a Ucrânia, e vai encontrar-se com o Presidente russo, confirmou hoje o seu porta-voz, falando numa "missão de paz".

"O primeiro-ministro Viktor Orbán chegou a Moscovo no âmbito da sua missão de paz. O primeiro-ministro vai encontrar-se com o Presidente russo, Vladimir Putin", indicou o porta-voz do chefe de governo húngaro, Bertalan Havasi, à agência de notícias estatal húngara MTI.

A confirmação surge depois de rumores de que esta deslocação iria ocorrer hoje, três dias após Viktor Órban ter viajado até Kiev para se encontrar com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A visita já havia sido criticada pelo presidente do Conselho Europeu e pelo chefe da diplomacia europeia, que vincaram que tal se insere apenas no quadro de relações bilaterais entre a Hungria e a Rússia e não representa a UE, quando este semestre Budapeste assume a presidência rotativa comunitária.

Leia Também: Stoltenberg sobre ida de Orbán a Moscovo: "Não está a representar NATO"

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