Universidade de Columbia afasta reitores por comentários antissemitas
A Universidade de Columbia, em Nova Iorque, demitiu três dos seus reitores, acusando-os de trocarem mensagens de texto antissemitas "inaceitáveis e profundamente perturbadoras".
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Mundo Nova Iorque
Nova Iorque, Estados Unidos, 08 jul 2024 (Lusa) -- A Universidade de Columbia, em Nova Iorque, demitiu três dos seus reitores, acusando-os de trocarem mensagens de texto antissemitas "inaceitáveis e profundamente perturbadoras".
Os três reitores foram afastados dos seus cargos enquanto a universidade -- que foi o epicentro dos protestos estudantis nos Estados Unidos contra a guerra em Gaza -- investigava o assunto, cujas conclusões foram conhecidas hoje, segundo um comunicado da instituição.
A presidente da universidade, Nemat Shafik, destaca no comunicado que as mensagens de texto -- que foram tornadas públicas, pelo Free Beacon, um meio de comunicação associado a movimentos políticos conservadores - revelavam "comportamentos e sentimentos que não eram apenas pouco profissionais, mas também tocavam de forma perturbadora os antigos temas antissemitas".
No entendimento de Shafik, esses sentimentos transmitem "uma falta de seriedade sobre as preocupações e experiências dos membros da comunidade judaica" e são contrários "aos valores e padrões da universidade".
"Estamos a tomar medidas para responsabilizar os envolvidos neste incidente", assegurou Shafik.
Em maio passado, um mês após os protestos estudantis contra a guerra em Gaza, a Universidade de Columbia realizou um fórum -- intitulado Vida Judaica no 'Campus': Passado, Presente e Futuro - com a presença de reitores e funcionários administrativos que trocaram mensagens de texto onde alegadamente ridicularizavam comentários feitos por participantes e onde criticavam acusações de antissemitismo que ocorreram após o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
Um membro da audiência -- que estava sentado atrás de uma das reitoras - tirou fotos das mensagens trocadas, incluindo 'emojis' de vómito para se referir a um artigo de opinião sobre antissemitismo escrito pelo rabino da instituição.
O reitor Josef Sorett também esteve envolvido, mas permanecerá no cargo, mas ficou prometido que escreverá à comunidade da Universidade de Columbia "para explicar o seu papel neste incidente, pedir desculpas e descrever as medidas que tomará para reconstruir a confiança e a responsabilidade", de acordo com o comunicado.
A Universidade prometeu iniciar um programa de formação sobre antissemitismo para o seu corpo docente e para diversos funcionários, e outro para estudantes, no próximo outono.
Em abril passado, a Universidade de Columbia foi o epicentro dos protestos universitários nos EUA contra a guerra em Gaza, onde jovens montaram acampamentos e ocuparam um edifício, após o que foram removidos pela polícia.
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