NATO. Sánchez pede coerência no tratamento da Ucrânia e de Gaza

O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, apelou hoje aos aliados da NATO para a unidade e coerência na defesa do mesmo respeito pelo Direito Internacional tanto na Ucrânia como na Faixa de Gaza.

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© Manuaure Quintero/Bloomnberg

Lusa
10/07/2024 21:44 ‧ 10/07/2024 por Lusa

Mundo

Espanha

Sánchez fez o pedido aos restantes líderes da Aliança Atlântica no seu discurso na primeira sessão da cimeira realizada em Washington, coincidindo com o 75.º aniversário da organização.

Grande parte desta intervenção, à porta fechada como a de praticamente todos os dirigentes, foi dedicada, segundo fontes do Governo espanhol citadas pela agência EFE, a elogiar o aumento dos esforços da NATO para o flanco sul e a solidariedade que continua a existir em todos os momentos com a Ucrânia.

De seguida, apelou para a coerência e disse que se os aliados exigem que o Direito Internacional seja respeitado na Ucrânia, na defesa deste país face à invasão russa, também se deve reclamar que seja cumprido na Faixa de Gaza, no conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.

O presidente do Governo de Madrid referiu que a NATO sempre enfatizou que a sua força reside na unidade, e num mundo globalizado considerou que deve ser acompanhada pela coerência.

Se não o fizer, acredita, a NATO poderá ser acusada de aplicar dois pesos e duas medidas que enfraqueceriam o apoio à Ucrânia.

Sánchez reiterou o total empenho de Espanha à causa da Ucrânia, tal como o Governo espanhol acredita ter sido evidente no acordo bilateral de segurança assinado em Madrid com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O acordo por um período de dez anos significa que Espanha atribuirá mil milhões de euros em ajuda militar a Kiev, valor que já contará como contribuição espanhola na distribuição que será feita pelos aliados de 40 mil milhões para a Ucrânia, que deverá ser aprovada na cimeira em Washington.

Sánchez afirmou ainda aos restantes dirigentes que Espanha cumprirá o seu compromisso e em 2029 os seus gastos com defesa serão de 2% do seu PIB.

Leia Também: Pedro Sánchez saúda sim dos franceses e britânicos ao "progresso social"

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