Papuashvili, comentado a cimeira da NATO, nos Estados Unidos, declarou que a "Georgia e a Ucrânia estão desde a cimeira de Bucareste, há 16 anos, às portas da aliança, mas não se verificam decisões concretas".
"Lamentavelmente (em Washington) não se tomaram novas decisões sobre a Ucrânia. Na verdade, repetiu-se o mesmo que foi afirmado na cimeira da NATO de 2008", realizada em Bucareste, disse.
"As portas (da NATO) estão abertas, mas como disse, em certa ocasião, o ex-presidente da Geórgia Eduard Shevardnadze, 'quando uma pessoa fica muito tempo frente a portas abertas pode constipar-se'", recordou o presidente do Parlamento.
Para Papuashvili, a "Georgia não precisa de condições mas sim de decisões", frisando que "a segurança não se garante com promessas mas com decisões".
Sobre a Ucrânia, país que "luta há dois anos, defendendo a Europa, contendo a Rússia", o presidente do Parlamento georgiano disse que a situação sobre a adesão de Kiev é ainda "pouco clara".
Por outro lado, a Geórgia ainda não recebeu o Plano de Ação com vista à entrada na NATO, apesar do partido no poder ter incluído a adesão à Aliança Atlântica na Constituição como "objetivo prioritário" da diplomacia do país.
Na quinta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu que a cimeira da Aliança Atlântica lançou as bases para que a Ucrânia triunfe face à invasão russa.
Em conferência de imprensa, no final do encontro de alto nível na capital dos Estados Unidos, o político norueguês apontou "o compromisso financeiro, mais ajuda militar, mais acordos de segurança e melhor interoperabilidade" como "bases para a Ucrânia prevalecer" na luta contra a agressão russa.
Os chefes de Estado e de Governo aliados participaram no Conselho NATO-Ucrânia com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Os aliados da NATO concordaram que, à medida que a Ucrânia prossegue as reformas necessárias, iremos apoiá-la no caminho irreversível para a adesão", sublinhou Stoltenberg, repetindo a expressão usada pelos líderes na declaração final da cimeira, aprovada na quarta-feira.
Stoltenberg sublinhou que os aliados forneceram à Ucrânia um "apoio sem precedentes" desde que a Rússia iniciou a sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022.
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