China exige que Filipinas retire navios de atol disputado pelos países
As autoridades chinesas exigiram hoje que as Filipinas retirem o seu pessoal e os seus navios "ilegalmente" atracados num dos atóis em disputa no Mar do Sul da China, foco frequente de incidentes entre navios dos dois países.
© Reuters
Mundo Zhang Xiaogang
O porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, Zhang Xiaogang, acusou as autoridades filipinas de violarem a soberania de Pequim e afirmou que essas ações "prejudicam a paz e a estabilidade regionais".
Xiaogang frisou que Pequim tem soberania sobre o Atol de Sabina - chamado Xianbin Jiao na China e Escoda nas Filipinas - uma vez que faz parte das Ilhas Spratly, que o gigante asiático reivindica como suas, de acordo com a agência noticiosa Xinhua.
O porta-voz da Guarda Costeira das Filipinas, Jay Tarriela, informou que um grande navio chinês lançou âncora perto de Sabina, a norte da ilha filipina de Palawan, na quarta-feira.
As partes concordaram um dia antes em "manter a paz e a estabilidade" nas águas disputadas durante uma reunião do mecanismo de consulta bilateral, na sequência de um incidente ocorrido em 17 de junho perto do recife Segundo Thomas, onde as Filipinas têm uma base com um navio que encalhou há mais de duas décadas.
De acordo com fontes filipinas, um navio da Guarda Costeira chinesa abalroou uma embarcação filipina em junho e levou a cabo ações de abordagem quando Manila se preparava para realizar missões de reabastecimento para entregar mantimentos às tropas destacadas no atol.
Um militar filipino ficou ferido nessa ocasião.
A China reivindica a maior parte das águas da região como parte do seu território, uma vez que se encontram dentro da chamada "linha dos nove traços" nos mapas chineses, uma linha traçada pelo Governo chinês que reivindica como seu o Mar do Sul da China, incluindo as Ilhas Paracelso e Spratly.
As relações entre a China e as Filipinas têm-se tornado cada vez mais tensas nos últimos meses.
Manila acusou Pequim de obstruir as suas missões de retirada de tropas dentro do que considera ser a sua zona económica exclusiva, enquanto a China insiste que os navios filipinos transitam ilegalmente nessas águas.
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