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Presidente do Quénia acusa Fundação Ford dos EUA de promover anarquia

O Presidente do Quénia, William Ruto, acusou hoje a Fundação Ford, sediada nos Estados Unidos da América, de promover a anarquia e de financiar os protestos antigovernamentais que abalaram o país no mês passado.

Presidente do Quénia acusa Fundação Ford dos EUA de promover anarquia
Notícias ao Minuto

17:13 - 15/07/24 por Lusa

Mundo Diplomacia

O Quénia está a viver uma conjuntura de instabilidade política desde os protestos, que começaram como reuniões pacíficas de jovens contra uma proposta de aumento de impostos, antes de se transformarem numa campanha mais vasta contra Ruto e a sua administração.

 

Dezenas de pessoas foram mortas desde o início dos protestos, há um mês. O dia mais mortífero foi 25 de junho, quando uma multidão invadiu o parlamento e a polícia disparou munições reais contra os manifestantes.

"Aqueles que estão a patrocinar o caos na República do Quénia têm vergonha, porque estão a patrocinar a violência contra a nossa nação democrática", disse hoje Ruto durante um discurso na cidade de Nakuru, no centro-oeste do país.

"Quero perguntar às pessoas da Fundação Ford, este dinheiro que estão a dar para apoiar a violência, como é que vão beneficiar com isso?", declarou o Presidente perante uma grande multidão reunida para o ouvir.

"Vamos perguntar-lhes se não estão interessados na democracia no Quénia, se vão financiar a violência no Quénia, se vão financiar a anarquia. Vamos desafiá-los e vamos dizer-lhes que ou se alinham ou se vão embora", afirmou Ruto.

O gabinete da Fundação Ford na África Oriental, em Nairobi, a capital do pais, e a embaixada dos EUA não se manifestaram ainda nem responderam às questões da agência noticiosa francesa France-Presse (AFP).

A organização, criada em 1936 por Edsel Ford, filho de Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, opera a nível mundial e tem por objetivo defender a justiça social e os valores democráticos. Nas últimas décadas, concedeu subsídios a vários grupos quenianos de defesa dos direitos humanos.

O Presidente Ruto, que está a tentar acalmar a pior crise desde que assumiu o cargo há quase dois anos, já tinha no passado acusado elementos estrangeiros, sem os nomear, de terem provocado problemas durante as manifestações.

Os protestos de rua diminuíram recentemente, mas os ativistas apelaram a novas ações na terça-feira, 16 de junho.

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