"Sim, já o fizemos", declarou Zunaid Ahmed Palak à agência France-Presse, acrescentando que a medida foi tomada por "ser necessário garantir a segurança dos cidadãos".
Os estudantes exigem ao governo que abandone o sistema de quotas para os empregos na função pública e querem um baseado no mérito.
Os manifestantes anti governamentais consideram que este sistema foi concebido para favorecer os filhos dos apoiantes da primeira-ministra Sheikh Hasina, que governa o país desde 2009.
Na quarta-feira, os estudantes organizaram uma cerimónia em memória dos mortos durante as manifestações contra o sistema de quotas na função pública, um dia depois de o governo ter decidido encerrar todas os estabelecimentos de ensino do país.
As mortes ocorreram na capital Daca, em Chittagong (sudeste) e em Rangpur (norte), onde se registaram confrontos, com tijolos e canas de bambu, entre estudantes que exigiam a abolição das quotas e manifestantes que apoiam o partido no poder.
A polícia dispersou os manifestantes com gás lacrimogéneo e balas de borracha, tratando-se do dia mais violento no Bangladesh desde o início do movimento estudantil, há várias semanas.
Leia Também: Governo do Bangladesh apela às universidades que encerrem após mortes em protestos