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Substituir Biden? Pode ser ilegal, diz líder da Câmara dos Representantes

O presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, o republicano Mike Johnson, admite a hipótese de recurso contra a substituição de Joe Biden como candidato dos democratas para as presidenciais de novembro, por violação da lei eleitoral.

Substituir Biden? Pode ser ilegal, diz líder da Câmara dos Representantes
Notícias ao Minuto

19:06 - 21/07/24 por Lusa

Mundo EUA

Quando o candidato republicano Donald Trump recolhe o favoritismo para voltar à Casa Branca, graças ao bem-sucedido debate televisivo contra Biden e à tentativa de assassínio de que foi alvo, analistas políticos norte-americanos creem que um possível novo candidato democrata poderá levar a uma reviravolta nas sondagens.

 

Neste cenário, Johnson defendeu na CNN, ainda antes do anúncio oficial do abandono de Biden da corrida eleitoral, que a substituição do recandidato Biden à presidência poderia representar uma violação da lei eleitoral em alguns estados do país, uma vez que o atual presidente venceu as eleições primárias do seu partido.

"Cada Estado tem o seu próprio sistema eleitoral. Está no nosso sistema constitucional. É assim que as coisas são feitas. E, em alguns desses estados, isso pode ser um sério obstáculo", argumentou Johnson.

O republicano recordou que 14 milhões de pessoas escolheram Biden nas primárias, acrescentando que será "interessante ver se o chamado 'partido da democracia' acaba por colocar um substituto depois de se reunir secretamente na sala dos fundos".

Nas últimas horas, antigo senador democrata e agora independente da Virgínia Ocidental, Joe Manchin, juntou-se às vozes que pediram a Biden para abandonar a corrida.

A saída do Partido Democrata não surpreendeu por Manchin ser um dos elementos mais conservadores e, até à sua demissão, tinha várias vezes obstruído iniciativas políticas de Biden.

"Quero que ele seja presidente nos últimos cinco meses do seu mandato, para que possa unir o nosso país, acalmar a retórica e poder concentrar-se na paz no mundo", indicou o senador, acrescentando que "fazer campanha é um desafio incrível para qualquer pessoa, para qualquer pessoa, fisicamente, mentalmente, de todas as maneiras, formas e feitios".

Por isso, apelou, "como todo o pesar" que o presidente passe o "testemunho a uma nova geração".

Leia Também: Joe Biden desiste da corrida à presidência dos EUA

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