Quando o candidato republicano Donald Trump recolhe o favoritismo para voltar à Casa Branca, graças ao bem-sucedido debate televisivo contra Biden e à tentativa de assassínio de que foi alvo, analistas políticos norte-americanos creem que um possível novo candidato democrata poderá levar a uma reviravolta nas sondagens.
Neste cenário, Johnson defendeu na CNN, ainda antes do anúncio oficial do abandono de Biden da corrida eleitoral, que a substituição do recandidato Biden à presidência poderia representar uma violação da lei eleitoral em alguns estados do país, uma vez que o atual presidente venceu as eleições primárias do seu partido.
"Cada Estado tem o seu próprio sistema eleitoral. Está no nosso sistema constitucional. É assim que as coisas são feitas. E, em alguns desses estados, isso pode ser um sério obstáculo", argumentou Johnson.
O republicano recordou que 14 milhões de pessoas escolheram Biden nas primárias, acrescentando que será "interessante ver se o chamado 'partido da democracia' acaba por colocar um substituto depois de se reunir secretamente na sala dos fundos".
Nas últimas horas, antigo senador democrata e agora independente da Virgínia Ocidental, Joe Manchin, juntou-se às vozes que pediram a Biden para abandonar a corrida.
A saída do Partido Democrata não surpreendeu por Manchin ser um dos elementos mais conservadores e, até à sua demissão, tinha várias vezes obstruído iniciativas políticas de Biden.
"Quero que ele seja presidente nos últimos cinco meses do seu mandato, para que possa unir o nosso país, acalmar a retórica e poder concentrar-se na paz no mundo", indicou o senador, acrescentando que "fazer campanha é um desafio incrível para qualquer pessoa, para qualquer pessoa, fisicamente, mentalmente, de todas as maneiras, formas e feitios".
Por isso, apelou, "como todo o pesar" que o presidente passe o "testemunho a uma nova geração".
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