De acordo com uma análise da agência Associated Press (AP) divulgada hoje, Andy Beshear, governador do Kentucky, é uma das opções depois de garantir a sua reputação como estrela em ascensão do partido ao derrotar os candidatos endossados por Donald Trump num bastião republicano.
Beshear, de 46 anos, exibiu um estilo disciplinado e tenaz ao vencer a reeleição no ano passado ao derrotar o então procurador-geral Daniel Cameron.
O governador instou os democratas a seguirem a sua fórmula vencedora, concentrando-se nas preocupações quotidianas dos americanos, desde empregos bem remunerados a educação e cuidados de saúde de qualidade.
Apoiante do direito ao aborto, no Kentucky adaptou a sua mensagem para reagir contra o que chama de uma proibição extrema que carece de exceções para vítimas de violação e incesto.
O governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, venceu seis eleições gerais estaduais ao longo de duas décadas, num Estado onde os republicanos prevalecem rotineiramente em disputas federais semelhantes e também controlam a legislatura.
Cooper, de 67 anos, recebeu fortes índices de aprovação para o cargo de governador, beneficiando de uma economia estatal em expansão, pela qual a sua administração e os legisladores recebem crédito.
Retrata-se também como um lutador pela educação pública e pelo direito ao aborto.
Já Mark Kelly, senador do Arizona aproveitou a sua carreira como astronauta para construir uma marca de moderado num Estado que há muito apoia os republicanos.
Nas suas duas campanhas -- a primeira em 2020 para terminar o mandato do falecido senador republicano John McCain e a segunda dois anos depois para um mandato completo -- Kelly obteve mais votos do que qualquer outro democrata nas urnas. Superou Biden, que venceu por pouco o Arizona, em 2 pontos percentuais em 2020.
A primeira vez de Kelly nos holofotes políticos nacionais ocorreu através de uma tragédia. A sua mulher, Gabrielle Giffords, na altura congressista, foi baleada na cabeça enquanto se reunia com os eleitores à porta de um supermercado em Tucson. O tiroteio fez seis mortos e gerou um ajuste de contas com violência política e rancor partidário.
A sobrevivência de Giffords fez dela uma inspiração nacional, mas acabou com uma carreira política promissora. Ela e Kelly fundaram um grupo de defesa do controlo de armas, e Giffords tem sido um substituto poderoso quando Kelly assumiu o seu lugar na política.
No Senado, Kelly concentrou-se na segurança nacional e nas forças armadas, bem como na seca que assola o oeste dos EUA.
Josh Shapiro está a meio do seu segundo ano como governador da Pensilvânia, depois de ter vencido facilmente as suas últimas eleições ao derrotar um candidato de extrema-direita apoiado por Trump.
Shapiro, de 51 anos, tem sido um substituto de Biden, apoiando o Presidente em aparições nas cadeias de televisão por cabo, e tem anos de experiência em fazer de Trump o foco dos seus ataques, primeiro como procurador-geral do Estado e agora como governador.
Enquanto governador, Shapiro começou a abandonar um comportamento público reprimido e a tornar-se mais confiante e franco.
Shapiro, que é judeu, confrontou agressivamente o que considerou ser antissemitismo surgido das manifestações pró-palestinianas e professou solidariedade com Israel no seu esforço para eliminar o Hamas.
É um defensor acérrimo do direito ao aborto na Pensilvânia e promove rotineiramente as suas vitórias em tribunal contra Trump, incluindo a rejeição de contestações aos resultados das eleições de 2020.
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