O tribunal de Madrid condenou o homem, um reformado de Burgos (no norte de Espanha), por terrorismo e fabricação de engenhos explosivos.
Segundo a sentença, o septuagenário atuou com o objetivo de causar "uma grande comoção na sociedade espanhola" de forma a pressionar o Governo nacional e dos Estados Unidos, assim como "outras entidades radicadas no território espanhol", a deixarem de apoiar a Ucrânia face ao ataque militar da Rússia.
O homem agora condenado, identificado como Pompeyo González, foi detido em janeiro de 2023 na região de Castela e Leão, depois de em novembro e dezembro de 2022 terem sido enviadas, desde território espanhol, seis cartas com explosivos a embaixadas e membros do Governo de Espanha.
As cartas com material explosivo usado habitualmente na pirotecnia foram enviadas às embaixadas da Ucrânia e dos Estados Unidos em Madrid, ao primeiro-ministro, Pedro Sánchez, à ministra da Defesa, Margarita Robles, a um centro de satélites instalado numa base militar e a uma empresa de armamento.
Um homem ficou ferido sem gravidade na embaixada da Ucrânia em Madrid devido à explosão do artefacto que estava dentro do envelope.
Nos restantes casos, não houve feridos e as cartas foram intercetadas por serviços de segurança antes de serem abertas.
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