Diplomacia norte-americana e chinesa iniciaram encontro raro no Laos

Os chefes das diplomacias norte-americana e chinesa iniciaram hoje um raro encontro no Laos, no meio das tensões no Mar da China Meridional e numa altura em que os Estados Unidos estão preocupados com a aproximação entre Pequim e Moscovo.

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© ACHMAD IBRAHIM/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
27/07/2024 12:12 ‧ 27/07/2024 por Lusa

Mundo

Diplomacia

O secretário de Estado norte-americano chegou na manhã de hoje a Vientiane, onde se realiza uma reunião regional, no primeiro dia de um novo périplo pela Ásia, durante o qual pretende reafirmar a liderança dos Estados Unidos face à crescente influência da China.

 

O presidente da Comissão Europeia definiu como prioridade a promoção de "uma região do Indo-Pacífico livre, aberta e próspera", expressão utilizada nos Estados Unidos para designar uma zona da Ásia-Pacífico livre de influências, numa forma velada de criticar a China e as suas ambições económicas, territoriais e estratégicas na região.

Pouco antes do início do seu encontro com Wang Yi, Blinken denunciou as "ações escalatórias e ilegais" de Pequim no Mar do Sul da China, durante uma reunião com os dez países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

As conversações têm como pano de fundo as elevadas tensões no Mar da China Meridional, onde se registou uma série de confrontos nos últimos meses entre navios filipinos e chineses em recifes disputados.

Pequim e Manila chegaram a um acordo provisório sobre o fornecimento de um recife na semana passada, mas as relações entre os dois países permanecem geladas.

"Estamos satisfeitos por ver que o reabastecimento decorreu hoje com êxito", disse Blinken. "Congratulamo-nos com isso e esperamos que continue no futuro".

O encontro com o mais alto diplomata chinês promete ser tenso depois da reunião, também em Vientiane, na sexta-feira, entre os chefes da diplomacia russa - Sergei Lavrov - e chinesa, que prometeram contrariar a influência de "forças intrarregionais" na região.

Esta é a 18ª visita do secretário de Estado norte-americano à Ásia desde que assumiu o cargo, há mais de três anos, refletindo a forte concorrência entre os Estados Unidos e a China na região.

Leia Também: Blinken fala em escalada ilegal da China antes de encontro com MNE chinês

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