Segundo a nota, o governo chinês apresenta-se como "um interlocutor comedido em relação aos ocidentais" que "estão a colocar lenha na fogueira" do conflito ao entregar armas à Ucrânia.
Vários países ocidentais, nomeadamente os Estados Unidos, criticam a China por ter reforçado o seu apoio económico a Moscovo e acusam as empresas chinesas de venderem produtos na Rússia para apoiar o esforço de guerra do Kremlin.
"A China opõe-se a ser difamada e a falsas acusações feitas contra ela", disse Wang Yi a Antony Blinken, acrescentando que os chineses não aceitarão "pressões nem chantagens" e que tomarão "medidas firmes e eficazes para salvaguardar os seus interesses e os seus direitos".
A China, que partilha com a Rússia o desejo de constituir um contrapeso aos Estados Unidos, nunca condenou a invasão russa e acusa a NATO de negligenciar as preocupações de segurança de Moscovo.
No entanto, o gigante asiático também apelou no ano passado, num documento sobre a guerra, ao respeito pela integridade territorial de todos os Estados e, portanto, da Ucrânia.
"Continuaremos a promover conversações de paz" entre Kyiv e Moscovo, afirmou Wang Yi.
Os Estados Unidos sancionam empresas chinesas acusadas de apoiar o esforço de guerra russo.
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