"A primeira constatação foi a de que os mesmos portavam documentos falsos", declarou Leonel Muchina, durante uma conferência de imprensa hoje em Maputo, acrescentando que também não tinham autorização para transportar as armas.
O grupo, detido no domingo nos arredores da capital moçambicana na posse de duas armas e 29 munições, alega que viajava para Magudo, província de Maputo, para uma cerimónia familiar.
As autoridades suspeitam que o grupo possa estar envolvido na onda de raptos que tem afetado os principais centros urbanos do país.
"Estamos num contexto particular, onde temos a situação de raptos e várias vezes os grupos raptores usam armas com estas características", declarou Muchina.
A polícia moçambicana registou, até março, um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, indicam dados oficiais.
A maioria dos raptos cometidos em Moçambique é preparada fora do país, sobretudo na África do Sul, o que dificulta o combate a este tipo de crimes, disse, em abril, no parlamento, a procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, acrescentando que as autoridades acreditam também que mandantes vivam naquele país vizinho.
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